Os organizadores do Maremoto, animada festa de motociclístas realizado na praia de Jacumã, pertinho de João Pessoa, na Paraíba, conseguiram autorização junto à Sonata (Sociedade Naturista dos Amigos de Tambaba) para que os participantes do evento pudessem conhecer a vizinha praia de Tambaba, uma linda praia naturista oficial onde, por lei municipal, os freqüentadores devem estar totalmente despidos e seguirem rígidas regras de convivência. Dentre outras regras da praia, uma reza que os freqüentadores do sexo masculino só podem entrar acompanhados por mulher.
A licença obtida pelos organizadores do Maremoto desobrigava os motociclistas destas duas normas e eles poderiam passear pela praia desacompanhados e da maneira que quisessem, vestidos ou não, durante um determinado horário.
Muita gente ficou ouriçada com a possibilidade que passear numa praia onde poderiam ver muitas beldades ao sol, todas nuas, do jeitinho que vieram ao mundo. A expectativa era grande e a maioria dos solteiros estava excitadíssima com esta programação especial.
Próximo do horário da liberação o estacionamento de Tambaba já estava cheio de motocicletas. Às dez horas o pessoal, cheio de expectativas e com uma certa algazarra, entrou na área restrita ao naturismo.
Bem antes de meio dia, hora em que terminava a liberação, os motociclistas solteiros e não naturistas começaram a voltar para Jacumã onde estava a concentração do evento.
Notava-se entre eles um certo ar de frustração, nada daquela animação inicial. Não queriam falar muito sobre o que viram em Tambaba. Falavam distraidamente que a praia era muito bonita, que tudo ali lembrava um paraíso, mas nada de comentários sobre mulheres peladas em profusão.
Depois descobri o que de fato acontecera: Os membros da Sonata, que gerenciam a praia, combinaram entre todos os freqüentadores que no período da liberação aos motociclistas, somente os homens estariam despidos, e que as mulheres (suas esposas, filhas, namoradas, etc) fariam o sacrifício de permanecerem vestidas durante a visita dos curiosos.
É, deu para entender a frustração e o silêncio daquela turma…
Blog da Maria Helena