A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) aprovou, nesta quarta-feira (20), por 12 votos a um ‘Voto de Solidariedade’ ao arcebispo da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto. A propositura foi da vereadora Raíssa Lacerda (DEM). A vereadora Sandra Marrocos (PSB) foi a única que votou desfavorável à proposta. O religioso vem sendo acusado de fazer, num vídeo, duras críticas ao PT e à candidata a presidente da República Dilma Rousseff (PT), por conta do tema abordo.
Dom Aldo nega que tenha feito essas críticas e afirma que foi vítima de uma armação. O vereador Benílton Lucena (PT), inicialmente, era contra a proposta, mas mudou de opinião, votando favorável depois de uma alteração feita no texto do requerimento, subscrito por 16 parlamentares. Raíssa reafirmou que dom Aldo é uma figura religiosa que tem realizado muito pelas pastorais, pelos excluídos da sociedade e portadores de HIV-Aids.
Para ela, a Câmara, quando adota essa postura, desempenha mais uma vez seu papel de reconhecimento dos homens públicos que, apesar dos seus pensamentos e ideologias, trabalham pelo bem comum, dos que mais precisam e da coletividade. Sandra Marrocos, por sua vez, justificou que não iria apoiar a iniciativa porque dom Aldo tem desrespeitado as pastorais e não vem dando continuidade no estado ao trabalho desempenhado por anteriormente por dom Marcelo Carvalheira.
Os vereadores Edmílson Soares (PSB) e Mangueira (PMDB) cobraram, na ocasião, mais respeito pelo arcebispo. “Em alguns momentos, o arcebispo pode até ter entrado em algumas bolas divididas. Mesmo assim não é bom se promover ato de protesto contra dom Aldo”, comentou Soares. Por sua vez, Mangueira lembrou que a Constituição é clara e diz que as pessoas têm o direito de ir e vir e à liberdade de expressão.