Brasil

UBAM pede a Sarney apoio à Zona Franca do Semi-árido

O presidente da União Brasileira de Municípios (UBAM), Leonardo Santana, enviou hoje (8) carta ao presidente do Senado, José Sarney, pedindo o apoio à implantação da Zona Franca do Semi-árido nordestino. O projeto, em forma de emenda à reforma tributária, foi apresentado, em 2009, pelo então deputado federal Wilson Santiago, atualmente senador pelo PMDB da Paraíba.

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Para Leonardo, o Nordeste está perto de ganhar sua maior alternativa de crescimento e desenvolvimento com a criação da Zona Franca do Semi-árido, a qual vai garantir um melhor enfrentamento aos efeitos da estiagem, que ao longo dos anos vem castigando quase toda a Região Nordeste, além da falta de oportunidades de vida para os nordestinos que, segundo ele, são obrigados a deixar suas famílias para tentarem a vida e o mercado de trabalho nas grandes capitais. Ele considerou como certo o apoio da presidente Dilma Roussef, e defendeu a criação de uma comissão parlamentar de apoio ao projeto. Serão dois deputados federais e três estaduais por Estado, a qual terá a missão de viabilizar a aprovação do projeto no congresso nacional.

A proposta original da UBAM, apresentada na Câmara dos Deputados, prevê inicialmente a implantação de oito pólos industriais em Municípios estrategicamente localizados, para o escoamento da produção nos portos de Cabedelo (Paraíba) e Suape (Pernambuco). Os pólos industriais da ZFS deverão ser ligados por uma linha férrea, tomando como base principal a Ferrovia Transnordestina. Os governos estaduais deverão oferecer incentivos fiscais e facilidades para a instalação de indústrias automobilísticas, de eletrodomésticos e de alta tecnologia na região, a exemplo da Ford, Chevrolet, Volkswagen, Yunday, Kia, Sony, Sansung, LG e outras.

Interiorização do Desenvolvimento

Segundo o presidente da UBAM, a Zona Franca do Semi-Árido Nordestino vai estimular a interiorização de investimentos e, com isso, ajudar na melhoria da qualidade de vida nos Municípios que compõem o chamado polígono da seca.

"O Semi-árido sofre com a estiagem, não recebe investimentos à altura de suas necessidades, não gera empregos e possui uma renda per capita abaixo da média nacional. Com isso, as pessoas deixam suas cidades para lotar os grandes centros, como São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília, porque não conseguem oportunidade de emprego e renda. Em vez de levar uma grande indústria para a capital, queremos trazê-la para uma zona franca instalada no meio do Nordeste, em uma região que não recebe investimentos, caracterizando a interiorização do desenvolvimento", explicou Leonardo Santana. Cidades como Soledade (Paraíba) Limoeiro do Norte (Ceará), Mossoró ou Caicó (Rio Grande do Norte), Flores (Pernambuco), Própria (Sergipe), Batalha (Alagoas) e Diamantina (Minas Gerais) poderão sediar os pólos.

Segundo Santana, a melhor alternativa para uma região árida não é "apenas jogar água", mas levar investimentos e gerar oportunidades de emprego.

"Temos que saber conviver com a seca e nada melhor do que trazer o desenvolvimento por meio da abertura de indústrias, estimulando o comércio, principalmente como esse da zona franca, porque poderemos exportar tudo que for produzido aqui", argumentou.

 

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