Aos poucos as empresas do consórcio Carioca, responsáveis pelas obras do eixo Norte da transposição do rio São Francisco em São José de Piranhas, vão deixando os serviços no meio do caminho.
As constantes demissões de trabalhadores põem os serviços em xeque e ameaçam o andamento dos trabalhos em toda a extensão da obra na região que compreende São José de Piranhas-PB e Mauriti-CE, municípios que recebem o canal Cuncas I.
Depois da demissão de 150 operários, as empresas já anunciam demissão de mais 80, perfazendo um total de 220 trabalhadores dispensados até o momento. A angústia já toma conta de vários trabalhadores em potencial que almejavam conseguir um emprego nas obras, mas desenganados já estão de malas prontas para irem trabalhar no corte de cana no interior de São Paulo.
O jovem, Irlânio Martins, estudante, residente em São José de Piranhas, 18 anos, disse ao Radar Sertanejo que esperava conseguir uma vaga em uma das firmas da transposição na região, mas com as demissões prefere arriscar a vida no corte de cana.
“Eu estudava, queria ficar aqui para trabalhar durante o dia em uma das firmas e estudar no período da noite, mas não posso arriscar e tenho de parar os estudos para ir a São Paulo.” Disse o jovem ao Radar Sertanejo.