Está recolhido à cadeia de Conceição, desde a noite dessa quinta-feira, 14, o guarda municipal de Santana de Mangueira, Benedito Evaristo de Lima, conhecido como Edílson (foto), de 35 anos, que confessou ter tentado violentar sexualmente a servidora da Prefeitura santanense, I.R.S., de 28 anos, na madrugada da quarta-feira, 13, dentro da própria residência da vítima, que mora com um filho de 4 anos na Rua Denise Mangueira.
O homem foi preso no final da tarde por policias militares do destacamento de Santana de Mangueira depois de uma ligação telefônica anônima. Com arranhões e escoriações pelo corpo em função da luta que travou com a mulher, que reagiu à tentativa de estupro, o acusado foi facilmente identificado como autor do delito e confessou o crime em depoimento ao delegado que investiga o caso, Cristiano Santana, que o autuou em flagrante por estupro, cuja pena varia de seis a dez anos de reclusão.
Em seu depoimento, o homem, que é casado e pai de dois filhos, disse que havia combinado um encontro com a funcionária municipal e teve livre acesso à residência pela porta da frente, mas, quando já estava no interior da casa, segundo ele, a mulher teria recusado-se a manter relações sexuais, ocasionando uma luta corporal entre os dois. O guarda disse ainda que não chegou a consumar o ato sexual por conta da reação violenta da vítima e deixou a residência temendo que os gritos da mulher pudessem chamar a atenção dos vizinhos. Mas para a lei penal, conforme o delegado, não há diferença entre a tentativa e a consumação do ato: em ambos os casos, o acusado é indiciado por estupro.
A servidora municipal nega que tenha combinado encontrar-se com o vigilante e afirma que ele invadiu a casa pela porta da cozinha, e não pelo telhado, como disse inicialmente à polícia, em virtude de uma confusão mental, provocada, conforme ela, pelo grande choque emocional que sofreu.
Além do trauma psíquico, a mulher ficou com vários ferimentos pelo corpo, segundo o delegado. “Mas o importante é que a resposta da polícia foi rápida e o autor do crime está preso”, enfatizou dr. Cristiano em conversa com a Folha (www.folhadovali.com.br). Antes disso, no entanto, um rapaz da cidade chegou a ser detido pela Polícia Militar como suspeito do crime sem ter nenhum envolvimento com o fato, mas a ação da PM foi baseada em uma informação da própria vítima, que depois reconheceu o equívoco.
O fato chocou Santana de Mangueira: ninguém imaginava que dois colegas de trabalho da Prefeitura podessem protagonizar um episódio tão lamentável. Resultado: um homem preso e uma mulher e seu filho, uma criança, carregando marcas íntimas de uma brutalidade. Duas famílias de bem machucadas moral e emocionalmente por um ato impensado.
Fonte: Folha do Vele