Quatro cidades paraibanas estão em situação de risco para ocorrência de surto de dengue, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (5). Cajazeiras, Catolé do Rocha, Monteiro e Piancó deverão receber reforço no combate ao mosquito nos próximos dias.
O ministério considera em situação de risco os municípios em que, a cada cem casas, mais de 3,9 apresentaram larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. O resultado foi obtido por meio do Liraa (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti) em 653 municípios.
O maior número de casos ocorreu no Norte e Nordeste. Até o fim de novembro, foram notificados 742.364 casos suspeitos de dengue em todo o país. Se comparado ao mesmo período do ano passado, houve redução de 25% no número de casos.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, é importante redobrar os cuidados nesse momento.
– Todo verão temos condições muito favoráveis para o mosquito. Precisamos agir agora para evitar que tenhamos surto grande no verão, já que as maiores transmissões são entre janeiro e maio, quando temos aumento da temperatura e da chuva também.
Os criadouros do mosquito são diferentes em cada região do país. No Norte e Sul, a maioria das larvas encontradas estavam em resíduos de lixo. Nos municípios do Norte 44% dos imóveis tinham larvas no lixo, por exemplo.
No Nordeste e Centro-Oeste os mosquitos encontrados estavam principalmente em reservatórios de água. No caso dos municípios do Nordeste, mais de 72% dos casos estavam em caixas de água, tambores e poços ligados ao abastecimento.
No Sudeste o problema da dengue está principalmente em depósitos domiciliares, ou seja,vasos, pratos, bromélias, ralos, lajes e piscinas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que o Liraa dá uma fotografia da situação da dengue no país, que pode mudar rapidamente, já que o mosquito tem uma alta capacidade de adaptação.
– O risco de ter epidemia é sempre uma combinação entre ter mosquito e ter pessoas suscetíveis para ter ou não a doença. O levantamento é importante nesse momento porque é um alerta para intensificar o cuidado. Para ajudar na mobilização da comunidade e resolver o problema onde está o foco do mosquito.
Portal Correio