Na última quarta-feira (18), o empresário Ivanilson Araújo e o secretário executivo da Agropecuária e da Pesca, Rômulo Araújo Montenegro, e o presidente da Federação da Agricultura do Estado da Paraíba (Faepa), se reuniram com produtores rurais para marcar o início da colheita.
Este é o primeiro ano em que o grupo empresarial Santana plantou algodão nas Várzeas de Sousa nos lotes adquiridos e já programou a ampliação da área na próxima safra. Ivanilson Araújo informou que o grupo está interessado em parcerias com pequenos produtores rurais da Paraíba que voltem a cultivar algodão, garantindo a compra de toda a produção com o preço de mercado.
"Queremos agregar mais produtores e aumentar a produção paraibana, mas para isso é preciso que todos estejam estimulados”, constatou o empresário. Em uma demonstração de que acredita na revitalização da cultura, ele informou que será implantada uma algodoeira na região, mas, para que possa funcionar com a capacidade total, é necessário ter produto. Toda a produção de semente de algodão será adquirida pela Bayer, que, por sua vez, fará a distribuição para outras regiões do país.
Ele também destacou a parceria firmada com o Governo do Estado, que vai ser estendida a outras culturas, como a produção de sorgo, coco, milho e feijão. "Estamos contribuindo para o resgate da cultura do algodão e no Nordeste começamos pela Paraíba, como forma de homenagear este Estado que se destacou pelo algodão aqui produzido”, comentou. E assumiu o compromisso de levar tecnologias aos pequenos produtores rurais que desejem voltar a cultivar essa cultura.
Sobre o apoio que o Governo vem dando para possibilitar a revitalização da cultura do algodão, o secretário Rômulo Montenegro disse que a presença de uma empresa âncora como o Grupo Santana será um grande estímulo para os demais interessados nessa cultura. "Essa ação vai permitir mudar o quadro social da Paraíba”, enfatizou.
A previsão é de que sejam colhidos cerca de 3 mil quilos de algodão herbáceo por hectare, mesmo num solo de primeiro ano. O preço do quilo da pluma é R$ 4. A previsão é de que essa média aumente nas próximas safras. O solo de qualidade permite uma produção de até 6.500 quilos por hectares. "Este é o primeiro ano que trabalhamos no lugar, e mesmo assim obtivemos um algodão de qualidade exportação, que atende ao mercado internacional”, explicou o engenheiro agrônomo Jackson Kleber Almeida Galdino, responsável pela execução técnica do projeto.
Para executar o plantio foram utilizados 30 funcionários, mas poderia chegar a mais se houvesse interesse das pessoas em trabalhar na colheita manual. Como o terreno apresenta ondulações, a colheitadeira deixa pluma que precisa ser recolhida manualmente. Como faltam trabalhadores, a empresa estima uma perda de 40% da produção. A perspectiva é de que serão oferecidos pela empresa 400 novos empregos para atuação nos 1.025 hectares nos próximos anos.
Da Secom PB