O Ministério Público da Paraíba recebeu na quarta-feira (29) o inquérito que indicia o jogador de futebol Marcelinho Paraíba pelo crime de estupro. A informação foi confirmada pelo promotor da 5ª Vara Criminal de Campina Grande, Romualdo Tadeu. Ele disse que agora tem 10 dias para decidir se aceita ou não a denúncia contra o atleta do Sport Recife.
O promotor disse que ainda não analisou o inquérito enviado e que não tem como antecipar quando se pronunciará sobre ele. “Tenho agora o prazo de 10 dias corridos para decidir. Não tenho previsão se entrego antes” , disse o promotor.
No dia 20 de janeiro, a delegada Herta de França, da Delegacia da Mulher de Campina Grande, divulgou a conclusão do inquérito. Nele ela aponta a presença de 'lesão leve' nos lábios da suposta vítima de estupro, o que caracterizaria o crime.
O suposto estupro teria acontecido em uma festa realizada no mês de novembro no sítio do jogador em Campina Grande.
Entenda o caso
De acordo com o delegado Fernando Zoccola, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu de madrugada em uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, para comemorar a ascenção do time à Série A do Campeonato Brasileiro.
Segundo ela, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) para ser submetida a um exame de corpo de delito.
Além de Marcelinho Paraíba, outros três amigos foram detidos durante o tumulto. Eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e foi liberado após uma determinação da Justiça.
Durante as investigações o irmão da vítima, o delegado Rodrigo Pinheiro, foi afastado de suas atividades na 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande depois de ter sido acusado pelo jogador de ter voltado à festa com a Polícia Militar e ter efetuado disparos, após ter tirado a irmã do local.
Em entrevista no dia da prisão do atleta, Rodrigo Pinheiro negou ter atirado e disse que, na verdade, os policiais militares efetuaram alguns disparos para cima porque estavam sendo cercados por pessoas armadas que queriam impedir a prisão de Marcelinho.
Do G1 PB