Por volta das 5h da manhã desta quinta-feira (8), várias famílias do Movimento dos Sem Terra invadiram o acampamento da fazenda do Grupo Santana nas Várzeas de Sousa, fizeram o vigilante como refém, adentraram a parte interna, queimaram agrotóxico, e rasgaram sacos de adubos, produtos utilizados para a defensiva agrícola.
De acordo com os camponeses, o Grupo Santana que mantém mil hectares plantando nas Várzeas de Sousa, estaria usando e abusando do agrotóxico, prejudicando o assentamento que fica localizado as margens da BR-230.
Depois, o Grupo saiu e interditou a BR-230, ateou fogo em pneus, impedindo a passagem de veículos no sentido e outro da pista, entre Sousa e Aparecida.
Segundo o Engenheiro Agrônomo, Jackson Galdino, da Fazenda do Grupo Santana, o momento foi um ato de vandalismo. Ele mostrou o interior dos depósitos da fazenda, aonde tinham sacos espalhados pelo solo e rasgados, além defensivos agrícolas queimados.
O Corpo de Bombeiros foi chamado até o local para apagar as chamas no depósito. Segundo o vigilante, por trás do depósito existiam galões cheios de gasolina, o que incorria grande risco de explosão.
Com a chegada também da Polícia Militar, o Movimento saiu e se instalou as margens da BR-230, interditando o local.
Conforme informações, o veneno usado para pulverização de plantações estaria prejudicando a saúde de algumas pessoas do grupo sem-terra, que moram a alguns metros do Galpão do Grupo Santana, que armazena o material.
De acordo com uma integrante do grupo de rebeldes, o objetivo do movimento no dia Internacional da Mulher foi denunciar o uso abusivo de agrotóxico por parte do Grupo Santana que mantém plantação agrícola nas Várzeas de Sousa. Também chamar atenção do Incra, e do Governo do Estado para continuarem com o diálogo com os Sem Terra que permanecem assentados as margens da BR-230 à espera de uma solução final da reforma agrária nas Várzeas de Sousa.
Veja vídeo abaixo:
Radar Sertanejo com Folhadosetao