Após seis dias detidos, o prefeito de Catingueira, José Edivan Félix (PR), foi liberado da Penitenciária Padrão Romero Nóbrega, localizada no município de Patos, no Sertão paraibano, na quinta-feira (10). O político paraibano foi detido pela Polícia Federal no dia 4 de maio durante a Operação Dublê que cumpriu oito mandados de prisão de pessoas suspeitas de desviar verba pública.
O prefeito de Cacimba de Areia, Inácio Roberto de Lira Campos (PMDB), que também foi detido durante a ação continua na Penitenciária Padrão. O agente penitenciário Emanuel Escarião disse que o prefeito de Catingueira, no Sertão paraibano, deixou o presídio após o pagamento de fiança. O valor pago não foi informado pela polícia.
De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, os investigados na operação são suspeitos de desviar cerca de R$ 5 milhões dos cofres públicos, sendo aproximadamente R$ 1,5 milhão de verbas da saúde, R$ 1 milhão de educação e ação social e R$ 2 milhões de verbas de desenvolvimento rural e infraestrutura urbana.
O dinheiro seria proveniente de programas do governo federal, como Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e do Projovem, além de outros vinculados ao Fundo Nacional de Assistência Social (Fundef), Sistema Único de Saúde (SUS) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Para fazer uso particular dos recursos, os políticos e funcionários públicos teriam sacado valores em favor das tesourarias das prefeituras e criado licitações fictícias com notas fiscais clonadas. A falsificação serviria para prestar contas aos orgãos fiscalizadores, como o Tribunal de Contas da Paraíba.
Além das prisões foram feitas buscas em um escritório no Centro da capital e nas sedes das prefeituras de Catingueira e Cacimba de Areia, que chegaram a ser interditadas pelos agentes de investigação.
Conforme a PF, os envolvidos no esquema prestaram depoimento e serão indiciados pelos crimes de responsabilidade de prefeitos, fraude a licitação, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Do G1 PB