Em um novo estudo, pesquisadores da Universidade do Kansas, nos EUA, mostram que forçar o riso em uma situação de estresse não apenas alivia o nervosismo como também faz bem para a saúde do coração.
Publicado no periódico Psychological Science, o estudo envolveu quase 170 voluntários em um experimento de duas fases: treinamento e testes.
Na primeira fase, os pesquisadores ensinaram os voluntários os diferentes tipos de expressões e sorrisos: a manter uma expressão neutra, a manter um sorriso padrão ou um sorriso Duchenne, onde os músculos ao redor da boca e os olhos moldam o sorriso. Este sorriso recebeu este nome depois que Guillaume-Benjamin Duchenne usou eletrofisiologia para mostrar como sorrisos verdadeiramente felizes envolvem os músculos ao redor dos olhos. Alguns voluntários também foram treinados a manter um sorriso forçado, usando palitinhos nos cantos da boca.
Na segunda fase os participantes passaram por situações que foram moldadas para proporcionar diferentes níveis de estresse. Em cada situação os pesquisadores indicavam à eles qual tipo de sorriso ou expressão eles deveriam usar.
Eles descobriram que os participantes que foram instruídos a sorrir, e em particular aqueles que sorriram de verdade (sorriso Duchenne), tiveram taxas mais baixas de recuperação cardíaca após as atividades de estresse do que os que mantiveram expressões neutras – mesmo aqueles que riram forçadamente apresentaram resultados melhores quando comparados ao grupo que manteve expressões neutras.
Os pesquisadores acreditam que a descoberta sugere que sorrir durante breves períodos de estresse pode ajudar a reduzir a resposta do corpo ao estresse, independentemente de a pessoa estar realmente feliz ou não.
Para Sarah Pressman, coautora do estudo, isto pode ser útil, por exemplo, quando se fica preso em um engarrafamento. “Segurar um sorriso em seu rosto por alguns momentos pode fazer mais do que apenas ajudar a ‘aguentar’, pode realmente melhorar a saúde do coração”, conclui.
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