Quarenta mandados de prisão já foram cumpridos como ação da Operação Squadre, segundo balanço divulgado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) na tarde desta segunda-feira (12). A operação foi deflagrada na última sexta-feira (9) pelo MPPB, Polícia Federal (PF) e Secretaria Estadual de Segurança de Desenvolvimento Social (Seds) para desarticular três grupos que atuavam como milícias armadas e praticavam diversos crimes, como tráfico e comércio ilegal de armas e munições, extorsão, corrupção e extermínio de pessoas.
Também foram lavrados 15 autos de prisão em flagrante pelos delitos de posse e porte ilegal de armas. A operação resultou na apreensão de 16 armas de fogo, entre revólveres, pistolas, rifles e espingardas. Foram ainda apreendidas cerca de 400 munições. Segundo a PF, cinco mandados estão pendentes e já estão sendo feitas diligências para cumpri-los.
Os três oficiais da Polícia Militar (PM) e os dois delegados da Polícia Civil presos durante a operação foram encaminhados ao Centro de Ensino da PM, enquanto os demais policiais militares foram encaminhados à 3ª Companhia da PM.
Já os agentes da Polícia Civil foram encaminhados ao Distrito Integrado de Segurança Pública e os dois agentes penitenciários ao Quartel Central dos Bombeiros. Os demais presos foram encaminhados ao presídio de segurança máxima PB1, localizado em João Pessoa.
Investigações
A Operação Squadre foi resultado de um ano de investigações feitas pelo setor de inteligência da PF, com o apoio do MPPB e da Seds. O objetivo do trabalho foi desarticular grupos milicianos acusados de praticar vários crimes na Paraíba, como tráfico e comércio ilegal de armas e munições, segurança privada armada clandestina, extorsão, corrupção, lavagem de dinheiro e extermínio de pessoas.
Ao todo, foram expedidos 75 mandados, sendo 35 de prisão preventiva, dez de prisão temporária e buscas, 11 de condução coercitiva de pessoas e 19 de busca e apreensão de documentos nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita, Alhandra, Mari, Cajazeiras, na Paraíba e, em Recife e Petrolina, no estado de Pernambuco.
G1 PB