Brasil

Cássio “implora” a Dilma que tome providências contra efeitos da seca

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) fez um pronunciamento na tribuna do Senado na tarde desta quarta-feira, 20, cobrando ações do governo federal que diminuam os impactos da seca na região Nordeste. Cássio chegou a implorar a presidenta Dilma Rousseff (PT) que adote providências urgentes para ajudar a região aos seus cidadãos.

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“Faço política sempre agindo em prol da coletividade, mas neste momento deixo essa conduta um pouco de lado e me dirijo pessoalmente a presidenta Dilma, pedindo e até imploro, que adote providências em relação a seca que atinge o Nordeste”, declarou.

O senador reconheceu que o programa social Bolsa Família diminuiu os impactos da estiagem na vida dos sertanejos, mas não é suficiente para dar dignidade aos nordestinos. Para Cássio, o produtor rural está esquecido, abandonado.

Cássio exemplificou a situação que o Nordeste atravessa com a estiagem, citando o exemplo do produtor Manelito Vilar, primo do escritor Ariano Suassuna, que mantém com sua família uma propriedade na cidade de Taperoá, no Cariri paraibano, há mais de 100 anos convivendo com a Seca. O tucano informou que a fazendo de Vilar desenvolveu uma genética para adaptação do gado ao clima da região, mas agora este rebanho está morrendo.

“Enquanto isso não se vê uma única providência do Governo Federal em direção ao produtor rural da região. O Nordeste não vive de Bolsa Família, não podemos nos restringir a esse programa. O Governo tem se mostrado insensível, inoperante e distante do Nordeste”, enfatizou.

Cunha Lima também lembrou que o governo dispõe no Orçamento de R$ 5,7 bilhões para serem usados no gerenciamento de tragédias, mas, menos de R$ 430 milhões foram liberados.

“Em nome da Paraíba, do Nordeste, é que dirijo este apelo, me dirigindo pessoalmente a presidenta Dilma: lembre-se do Nordeste, é hora de atuar. A seca mata silenciosamente e o Nordeste está morrendo”, finalizou.

O senador do Rio Grande do Norte, José Agripino (DEM) fez um aparte, e lembrou que o ganha pão do sertanejo está se acabando, “o sertanejo vive da agricultura”, destacou.
 

Redação com
WSCOM

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