Terminou no final da noite de terça-feira (18) o cerco realizado por manifestantes ao prefeito de Juazeiro do Norte (548 km de Fortaleza), Raimundo Macedo, que ficou por mais de 5 horas preso dentro de uma agência bancária. O ato terminou por volta das 23h, após uma ação da Tropa de Choque da Polícia Militar local.
Os manifestantes, principalmente professores, reclamam da aprovação de uma lei, no início do mês, que cortou gratificações dos professores municipais e, com isso, reduziu seus salários. A categoria está em greve.
Por volta das 16h, o prefeito deixava uma agência do Banco do Brasil quando se deparou com um grupo de 100 manifestantes, que impediram sua saída. Ele se refugiu dentro do estabelecimento bancário, onde ficou até ser libertado.
A Folha tentou contato pelo celular do prefeito, mas estava desligado.
Um dos benefícios cortados dos professores é o adicional de planejamento de 10% sobre o salário, pago aos professores do 1º ao 5º ano. Eles recebem esse bônus porque usam os sábados para planejar suas aulas.
Outra gratificação paga a todos os professores foi reduzida de 40% a 30%. O piso de um professor da rede básica de Juazeiro do Norte era de R$ 783,50 para 20 horas. Com a gratificação de 40%, a remuneração subia para R$ 1.096.
Com a nova medida, o piso passou para R$ 799,41 –que, somado à gratificação de 30%, rende R$ 1.039,23 ao professor (R$ 56 a menos do que antes).
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