Até para os mais otimistas aliados do governador, Ricardo Coutinho (PSB), eleger um deputado estadual da microrregião de Cajazeiras será uma tarefa muito difícil nas eleições de outubro. Os pré-candidatos que fazem oposição ao governo já povoaram a área e seguramente formam bases difíceis de serem minadas.
O ex-petista, Jeová Campos, que deixou a sigla após décadas e agora filiado partido do governador, não tem empolgado o povo como antes quando era exaltado até nas esquinas como ‘Rei do ai” e até chegou a ser deputado estadual e depois suplente, mas nunca assumiu um dia sequer.
Agora o cenário é outro. Criticado por ter traído os petistas e em baixa popular, ele segue para mais uma disputa eleitoral, mas até agora seu nome não decolou faltando pouco mais de sete meses para o novo pleito estadual.
Certamente, Campos, terá ajuda de alguns prefeitos da região, mas de forma muito tímida. Em Cajazeiras onde deveria reinar como o único escolhido do grupo da situação, ele vai dividir os votos com o deputado, José Aldemir (PEN). Ao que se fala Aldemir deve ficar com a maior fatia do bolo. É o fogo amigo. Por outro lado, a oposição cajazeirense está fechada com o deputado, Vituriano (PSC) que não tem concorrência. Essa divisão de votos em cajazeiras pode ser o ponto negativo para o candidato do governo.
Assim como em Cajazeiras, a marcação dos concorrentes está cerrada em Jeová também em outras cidades da região, e, seus espaços estão ficando cada vez mais curtos, mas como se diz “a política é uma nuvem e pode mudar.”
FESTAS
Nos últimos anos, mesmo fora de mandato eletivo, Jeová tem apostado na realização de festas gratuitas, a exemplo de seu aniversário festejado anualmente em Cajazeiras com bandas da Bahia, e, agora repete a dose e traz para o carnaval da terra do padre Rolim uma atração de última hora que não estava na programação. A estratégia de Campos de apostar em eventos festivos para elevar nome dele não tem repercutido bem aos ouvidos do povo.
Se o jargão [a política é como uma nuvem] não funcionar desta vez, o governo do estado pode não eleger nenhum parlamentar da microrregião e o ex-deputado seria mais um Bosco Barreto na história da política sertaneja.