Brasil

Na mensagem de Páscoa, Papa reza pelo fim de guerras

RIO – O Papa Francisco, neste domingo de Páscoa, leu da sacada central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, sua mensagem "Urbi et Orbi", ("À cidade e ao mundo", em latim). O Sumo Pontífice iniciou sua mensagem lembrando que a Igreja mundo afora ecoa a mensagem do anjo para as mulheres, dizendo da ressurreição de Cristo.

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“Isto é a culminação do Evangelho, é a Boa Nova por excelência: Jesus, que tinha sido crucificado, voltou! Este evento é a base de nossa fé e nossa esperança. Se Cristo não tivesse se levantado, o Cristianismo perderia seu significado principal; toda a missão da Igreja perderia seu impulso. A mensagem que os cristãos trazem ao mundo é esta: Jesus, o Amor encarnado, morreu na cruz por nossos pecados, mas Deus Pai o levantou e dele fez Senhor da vida e da morte. Em Jesus, o amor triunfou sobre o ódio, a piedade contra o pecado, a bondade contra a maldade, a verdade contra a falsidade, a vida contra a morte”, disse o Papa.

Sua Santidade lembrou que “temos um Pai e não somos órfãos”, e orou para que a humanidade vença o martírio da fome, “agravada por conflitos e pelo imenso desperdício, pelo qual nós mesmos somos frequentemente responsáveis”. Pediu também proteção aos vulneráveis, especialmente às crianças, mulheres e idosos, que às vezes são explorados e abandonados.

Lembrou também dos “irmãos e irmãs afetados pela epidemia do vírus Ebola em Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria” e orou para que recebam cuidados os que sofrem “de tantas outras enfermidades que se alastram também pela negligência e pela dura pobreza”.

O Papa lamentou em sua fala que muitos não estão podendo celebrar a Pascoa neste domingo — tanto padres quanto leigos — pois em várias partes do mundo diversos cristãos foram sequestrados e estão ainda em cativeiro. Mencionou também aqueles que deixaram seus países para se estabelecer em outros, muitas vezes com dificuldade de viver com dignidade e de professar sua fé.

Tocando no assunto dos conflitos em andamento, Papa Francisco rezou para que cessem todas as guerras — pequenas e grandes, antigas ou recentes —, levantando sua oração especial para a Síria, para as vítimas de violência fratricida no Iraque, pelo recomeço das negociações entre israelenses e palestinos, e pelo fim dos conflitos na República Centro-Africana, do brutal terrorismo em partes da Nigéria e dos atos de violência no Sudão Meridional. Evocou a reconciliação e a concórdia fraternal na Venezuela, e pediu inspiração e iluminação para que se promova a paz na Ucrânia, evitando a violência.

O Globo

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