Um paciente infectado por uma bactéria no Hospital da Messejana, em Fortaleza, tem estado grave de saúde e corre o risco de morrer, segundo a Secretaria da Saúde do Ceará. O paciente está na UTI desde a semana passada, quando houve a infecção dos pacientes em uma sala de observação do Hospital da Messejana.
Nesta segunda-feira (12), a Secretaria da Saúde do Ceará confirmou sete pacientes mortos no hospital. Cinco mortes haviam sido confirmadas no sábado (10) e outras duas nesta segunda-feira (12). De acordo com o Hospital da Messejana, não é possível afirmar que os dois pacientes morreram por conta da infecção da bactéria ou por complicação da doença que os hospitalizaram.
De acordo com Ernani Ximenes, diretor do hospital, a bactéria é muito comum em ambientes hospitalares com pacientes graves. A Acinetobacter balmani é multirresistente, muito contagiosa, porém ainda sensível a alguns antibióticos. A transmissão ocorre pelo contato direto com as mãos e objetos.
“O ambiente de emergência é um ambiente muito contaminado. São pacientes graves, com morbidades. São pacientes diabéticos que fazem paradas cardíacas, são pacientes que infectam, que fazem pneumonias graves e que isso faz com que a bactéria se instale e ocorra o que a gente chama de septicemia”, explica o médico Ernani Ximenes.
Em contrapartida, o secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes, afirmou, na sexta-feira (9), que não tinha ocorrido nenhuma morte entre os pacientes contaminados pela bactéria Acinetobacter balmani. “Graças a Deus, não [houve mortes]. Nosso controle hospitalar, por ser de um hospital de ponta, é muito bom. Por tratar de transplantes de pulmão, de coração, é um hospital de padrão internacional. O controle de infecção no hospital foi feito a tempo”, disse o secretário, acrescentando, “depois que a detectamos, a Secretaria de Saúde do Estado fez uma grande desinfecção, eles [pacientes] estão 100% protegidos”, disse.
Os pacientes do setor de observação risco 1, da ala de emergência do Hospital de Messejana, foram diagnosticados com a infecção pela bactéria Acinetobacter balmani na última semana. O local ficou fechado durante uma semana para passar por um processo de desinfecção. O setor, que voltou a funcionar neste sábado, também recebeu nova pintura, foi realizada manutenção nas redes elétrica e hidráulica e os equipamentos reinstalados.
G1