Em entrevista nesta segunda-feira (9), ao programa Tambaú Debate, da Nova Tambaú FM, o senador Cícero Lucena disse que "não mata nem morre" por causa de um cargo público e que está preparado, "especialmente", para voltar a ser um cidadão comum.
"Mesmo tendo a condição de candidatura nata, de acordo com o estatuto do PSDB, eu compreendo que havia a necessidade de uma conversa sobre qual seria a melhor opção para o partido. Antes de outubro do ano passado, tive uma conversa com Cássio Cunha Lima, e eu tinha sido convidado para migrar ao Solidariedade e presidir o partido, mas eu não tenho o histórico de migrar de legenda. Eu disse que não sairia e expus a Cássio os nomes dos possíveis candidatos ao Senado neste ano, que seriam eu, José Maranhão, Aguinaldo Ribeiro, e que se ele achasse que para consolidar a candidatura dele ao Governo poderia ser feito um acordo com o PMDB, ele poderia fazer uso de minha vaga ao Senado. Ou para Rômulo Gouveia. Para os outros, eu disse que queria critérios, como a pesquisa. Sei que hoje não há a mínima condição de existir uma composição com o PMDB, mas eu abriria mão para o PMDB", disse Cícero.
Na entrevista, ele contestou o fato de o deputado federal Ruy Carneiro ser o mais cotado para vice na chapa de Cássio Cunha Lima: "Os dois são do PSDB. Ou Ruy mudou de partido? Eu levei mais partidos para a coligação do que o PTB acrescentará ao tempo de TV", queixou-se Cícero.
"Eu estou tranquilo e faz 60 dias que estou em silêncio. Eu só não vou bater chapa. Se eu chegar no TRE e registrar minha candidatura ao Senado, eu serei candidato ao Senado, mas não vou fazer isso. A Justiça Eleitoral entende que o estatuto do partido é o que vale, mas isso não interessa. Eu não vou bater chapa. Faz 60 dias que não converso nem com Ruy Carneiro e nem com Cássio Cunha Lima. Aguardo a posição do partido.Se o PSDB tivesse discutido se eu deveria ou não disputar o senado, eu estaria nesses encontros, mas eu não estou participando das articulações porque acho que não seria honesto de minha parte porque eu tenho o interesse de ser candidato", ponderou o senador, acrescentando que não tem a vaidade de ter cargos: "Na época em que houve o episódio da Confraria, eu não queria ser candidato, mas Cássio me chamou e foi importante para mim ser candidato e eleito ao Senado. Eu não preciso ser senador ou deputado federal? Porque eu não posso ser um eleitor? um cidadão comum? Mas, se eu não for candidato, obviamente não vou participar da campanha. Se eu não sirvo para concorrer, porque eu serviria para apoiar? Para mim, ser senador ou ser cidadão, é a mesma coisa. Estou preparado para qualquer cenário. Especialmente para ser cidadão. Eu nasci em Jatobá, não foi no tapete azul do Senado ou verde da Câmara Federal e nem nas cortinas empoeiradas do Palácio da Redenção. Não tenho angústia e nem minha depende de um cargo", resumiu.
Redação com Parlamento PB