Policias militares do Ceará são acusados de invadir nessa, quarta-feira (2), o canteiro de obras da empresa Queiroz Galvão, responsável pelas obras da Transposição do Rio São Francisco no município de Mauriti-CE, e agredir um trabalhador.
A ação da Polícia aconteceu quando o operário, Paulo Neto (foto depois da agressão) fazia imagens [com um celular] do movimento de greve que eles fazem há mais de 35 dias no trecho de obras.
No vídeo [gravado por um operário] Paulo Neto está em pé e dialoga com os trabalhadores quando os policiais o abordam e joga o trabalhador no chão. “Isso é uma arbitrariedade.” Diz um operário. No momento da ação, vários colegas de trabalho tentam evitar a ação da Polícia que revida com tiros para o alto.
Trabalhadores afirmam que devido à greve, a empreiteira Queiroz Galvão, está demitindo "por justa causa" e agora também está sendo acusada de pedir a intervenção da Polícia para dispersar os grevistas.
Depois da prisão do trabalhador, homens tentam impedir a passagem da viatura, mas são intimidados com tiros de advertência.
Eles reivindicam principalmente aumento salarial, no valor de 13%. O canteiro de obras está parado desde maio, e há cartazes de protestos colocados pelos operários. “Tem dias que tem cinco policiais armados. Isso é uma vergonha. Aqui é todo mundo pai de família, trabalhador”, reclama o operário Gilson Costa, sobre a presença dos policiais.
O subtenente Marcos Gomes afirma que a Polícia está presente de forma preventiva. “A Polícia Militar está aqui para a segurança tanto dos manifestantes grevistas quanto aos transportes e bens da empresa”, diz.
Caso deve ir à justiça
Segundo os grevistas, o caso é arbitrário e será levado ao conhecimento do Ministério Público, da Corregedoria da Polícia, e às Organizações de Direitos Humanos.
O comando da Polícia o qual pertence os policiais ainda não semanifestou sobre o ocorrido.
Veja ao vídeo a agressão dos PMs, que se espalha nas redes sociais: