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3,5 mil alunos ainda estudam no ‘turno da fome’ em escolas municipais de SP

Cerca de 3,5 mil alunos ainda estudam no turno intermediário – o chamado ‘turno da fome’ – em escolas públicas da rede municipal de São Paulo. Eles estão concentrados em 11 escolas, localizadas em áreas periféricas, violentas e carentes de uma série de serviços públicos de qualidade, segundo dados da Rede Nossa São Paulo.

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Problema de mais de 30 anos, o turno intermediário é reflexo de falha na expansão escolar por parte das gestões municipais, que não foram suficientemente capazes de ampliar a oferta de vagas e unidades escolares para atender toda demanda de estudantes espalhados pela metrópole, afirmam especialistas consultados pelo iG.

A criação desse horário no meio dos turnos matutino e vespertino tem como principal justificativa a busca pelo atendimento universal de estudantes. “Se fosse o meu neto, eu preferiria ele em uma turma ruim, a da fome, vamos dizer assim, do que o meu neto na rua. A gente resolveu abrigar todo mundo”, justifica Fernando Almeida, diretor de Orientação Técnica (DOT) da Secretaria Municipal de Educação (SME) da Prefeitura de São Paulo.

Depois de uma série de promessas do fim desse turno – que conta com aulas das 11h às 15h –, a extinção do ‘horário da fome’ ainda não se tornou uma realidade. Desde a gestão anterior, do prefeito Gilberto Kassab, a Prefeitura havia prometido o fim dele, mas sem sucesso. Confira posição mais atual, de 2014:

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