Visando manter os índices de cobertura vacinal dos bovinos do município de Poço Dantas acima dos 95%, a Emater local realizou na comunidade de Lajes, nesta sexta-feira (21), uma vacinação orientada na Unidade Familiar de Produção do sr. Ivonaldo Penaforte. O objetivo da campanha agora é o reconhecimento internacional de zona livre de aftosa com vacinação para o Estado.
“É um sonho dos criadores de gado que será realizado. É muito importante lembrar que o reconhecimento de zona livre nacional e internacional não isentará os criadores da obrigação de vacinar contra a doença. Em todo Brasil, apenas o estado de Santa Catarina é desobrigado de vacinar o rebanho contra a febre aftosa. Todos os demais que já conquistaram o status de zona livre continuam realizando campanhas de vacinação de acordo com o calendário estabelecido pelo Ministério da Agricultura”, alertou o tecnólogo em cooperativismo da Emater, Fábio Pereira de Sousa.
E ressaltou: “O período de vacinação começou no dia 1 deste mês e se estende até o próximo dia 30, portanto os produtores devem ficar atentos quanto ao período da segunda etapa. Outra observação é que o documento da Guia de Trânsito Animal (GTA), que libera o animal para comercialização, só pode ser concedido diante da comprovação da vacinação do animal e sua situação de regularidade junto aos órgãos de fiscalização”.
O ato de vacinação é uma prática que, embora simples, requer cuidados e o conhecimento necessário para a correta aplicação e evitar prejuízos aos produtores e danos aos animais. Por isso, nestes eventos os técnicos da Emater orientam a todos os participantes sobre como proceder. O técnico em Zootecnia da Emater, José Baltazar Júnior, explica que a resposta imunológica dos animais a aplicações de vacinas não é imediata e seus efeitos somente aparecem depois de alguns dias. “Assim, animais vacinados recentemente ainda podem apresentar a doença, pois já poderiam estar infectados quando vacinados. Os animais sadios e bem nutridos têm melhor resposta imunológica às vacinas do que os doentes ou mal alimentados”, esclareceu.
Confira as dicas:
– Revisar as instalações para o bom andamento e segurança da vacinação;
– Adquirir as vacinas de revendedores confiáveis e em quantidade compatível com o número de animais a ser vacinados;
– Manter rigoroso controle do acondicionamento das vacinas, mantendo em geladeira na temperatura entre 2ºC e 8ºC ou em caixas térmicas com duas partes de gelo para uma de vacina. É muito importante a conservação adequada, pois tanto o congelamento quanto o calor anulam a eficiência da vacina;
– Manter a seringa dentro da caixa térmica mesmo nos pequenos intervalos entre as aplicações;
– Evitar deixar os animais presos por períodos prolongados;
– Disponibilizar aos animais fácil acesso à água e alimentos após a vacinação;
– Evitar estressar e maltratar os animais, o que pode causar prejuízos (abortos, traumatismos, etc.) e prejudicar a resposta imunológica à vacinação;
– A dose a ser aplicada em cada animal deve ser aquela indicada no rótulo do frasco de vacina. Uma dosagem menor do que a indicada pelo fabricante não proporcionará proteção desejada;
– Devem ser utilizadas agulhas de tamanho adequado, limpas e com bom estado de conservação. Agulhas de calibre muito grosso podem provocar refluxo de vacina e reduzir a quantidade aplicada;
– Utilize uma agulha só para retirar a vacina do frasco, minimizando a contaminação do conteúdo do frasco com a agulha que teve contato com o animal;
– Trocar a agulha a cada lote de 10 animais vacinados, substituindo por uma limpa e em bom estado, descartando agulhas desgastadas e/ou tortas, lavando e desinfetando agulhas em condições de ser reutilizadas;
– As vias de aplicação devem ser observadas no rótulo ou na bula das vacinas;
– Zelar pela limpeza e assepsia dos equipamentos e instrumentais utilizados na vacinação;
– Verificar a adequada contenção dos animais, preservando sua integridade e da equipe de vacinação e evitando riscos desnecessários;
– Não aplicar a vacina em partes impróprias e/ou sujas do corpo do animal.