O custo de vida do paraibano vai ficar ainda mais caro em março. Além dos novos reajustes na conta de luz e dos combustíveis, o próximo aumento será no gás de cozinha (GLP), que vai sofrer alta na próxima semana. As distribuidoras já anunciaram aumento de 6%, mas para o consumidor final o índice de reajuste será maior devido aos custos mais altos dos revendedores com o frete e com o novo piso salarial dos funcionários.
Outra área que vai deixar a vida mais cara é o setor dos alimentos. Eles já estão pesando mais no bolso das famílias. Com elevação de 2,69% em fevereiro, João Pessoa apresentou a terceira maior alta da cesta básica entre as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Na capital paraibana, o reajuste da cesta básica (2,69%) em fevereiro comparado a janeiro, ficou atrás apenas de Natal (4,36%) e Salvador (4,17%). Em relação a fevereiro de 2014, a alta ficou em 12,24%. No total, 14 capitais registraram alta segundo a pesquisa do Dieese divulgada ontem.
VILÕES
Os vilões da cesta básica pessoense em fevereiro foram o tomate (19,75%) e o feijão (8,47%). Segundo o supervisor técnico do Dieese em João Pessoa, Renato Silva, o feijão já está 54% mais caro em comparação a fevereiro de 2014, sendo que a maior parte dessa alta (33%), se deu entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015. Já o tomate apresentou a terceira maior alta entre as capitais, ficando atrás apenas de Salvador, onde o aumento foi de 34,03% e Natal, com 23,30%.
Apesar da elevação no preço, a cesta básica de João Pessoa continua sendo a segunda de menor custo do país, custando R$ 286,22. A cesta de menor custo é a de Aracaju, onde o valor atinge R$ 264,67.
GÁS
O anúncio do reajuste de 6% no preço do botijão do gás de cozinha de 13 kg foi feito pelo presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Paraíba (Sinregas), Marcos Bezerra. A alta deve ocorrer até o dia 10. Atualmente o preço do produto varia de R$ 40,00 a R$ 45,00. Um dos fatores que estimularam a alta foram custos com frete, devido à elevação no preço dos combustíveis, a energia elétrica e também o dissídio salarial da categoria, que foi atualizado.
O economista Cláudio Rocha acrescentou que para manter o equilíbrio da renda em meio a onda de reajustes, as famílias paraibanas precisam cortar supérfluos ou agregar renda. “O importante é priorizar os custos fixos e prioritários e tirar o menos importante como alimentação fora do lar. Outra saída é aumentar a receita com a inserção de um dos membros da família no mercado de trabalho”, orientou. (Colaborou Bárbara Wanderley)
Alexsandra Tavares
Jornal da Paraíba