A sessão especial que debateria reforma política e o pacto federativo brasileiro, na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), esta manhã (10) acabou não acontecendo. As atividades integram o projeto ‘Câmara Itinerante’, que leva parlamentares a todas as regiões do país. Ativistas jogaram ovos no presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, que responsabilizou o governador Ricardo Coutinho pela falta de segurança.
O presidente Adriano Galdino havia iniciado o discurso cobrando o apoio da Câmara dos Deputados para a liberação de recursos federais para obras hídricas, citou o atraso na transposição. Falou da discriminação da União com o Nordeste e com a Paraíba. “Queremos um Nordeste forte, queremos uma Paraíba forte e queremos que o nosso Estado seja respeitado como deve”, disse Galdino.
No entanto, em virtude de manifestações da CUT e de militantes LGBT, capitaneadas pelo Movimento Lilás, com Renan Palmeira, o debate teve de ser interrompido pelo presidente da Casa de Epitácio Pessoa, Adriano Galdino. Protestos tomavam conta das galerias do Plenário.
Na ocasião, o presidente pediu aos deputados Frei Anastácio, Anísio Maia e Estela Bezerra para conversarem com os manifestantes. O deputado Frei Anastácio ficou revoltado com o pedido e disse à imprensa que não tinha nada a ver com a presença dos manifestantes. Ele se retirou do plenário em protesto.
Com o clima mais tenso, o presidente Galdino convocou o Choque da Policia Militar para retirar os manifestantes das galerias. Eles revidaram, “se a PM entrar, o vidro cai”, escreveram no vidro da galeria do Plenário.
Devido ao caos que se instaurou na sessão, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acabou não cumprindo a pauta que o trouxe a João Pessoa e acusou o governador Ricardo Coutinho de omissão em não ter liberado as forças de segurança para garantir a ordem no debate do projeto Câmara Itinerante na ALPB.
Ele disse que o protesto foi orquestrado pelo PT, com fins políticos. Cunha disse ainda que é um homem aberto ao diálogo, que a Câmara está sempre aberta, mas não pode admitir que aqueles que têm muito a se explicar perante a sociedade possam se omitir.
Segundo Cunha, o deputado Anísio Maia e a deputada Estela Bezerra orquestraram o protesto, com o pessoal LGBT e impediu a entrada da PM na ALPB, apesar dos apelos do presidente, Adriano Galdino.
Questionado se seu posicionamento na presidência da Câmara teria aval de Michel Temer, Cunha foi direto, “Vossa excelência pergunte a ele”.
Estiveram presentes os deputados federais da Paraíba, Manoel Jr, Damião Feliciano, Hugo Motta, Efraim Filho, Benjamim Maranhão, Veneziano vital, Wilson Filho, Romulo Gouveia. Deputados de outros estados também compareceram. A vice-governadora, Lígia Feliciano, representou o Governo do Estado.
Redação com Portal S1 e Wscom