A perfuração e a instalação poços artesianos no Alto Sertão da Paraíba cresce consideravelmente a cada mês. A maioria dos poços é cavada por conta dos proprietários rurais e outra parte é custeada pelos municípios e pelo estado.
Só em 2014 foram cerca de 900 poços artesianos perfurados pela Companhia de Desenvolvimento dos Recursos Minerais da Paraíba (CDRM). A grande vilã deste aumento é a estiagem prolongada que já dura mais de 3 anos e a captação de águas subterrâneas é a solução de muitas famílias que vivem na zona rural.
Em média o preço de um poço de 50 metros de profundidade custa R$ 5 mil, R$ 100 por cada metro perfurado. Mesmo que o poço não tenha água depois de pronto, o proprietário ainda precisa desembolsar uma quantia de R$ 3.500 pelo custo do serviço. Nesse caso, é prejuízo certo.
Mas com tanta demanda esse recurso natural pode ser controlado muito em breve. No Cariri cearense, por exemplo, está proibida a perfuração de poço artesiano clandestino. Só é permitido com a autorização do Conselho de Recurso Hídricos do Ceará. Em Pernambuco também já há regiões controladas pelo órgão responsável no estado. Se continuar a demanda crescente em determinadas localidades da Paraíba o governo poderá também, no futuro, restringir a demanda para não secar a reserva de água subterrânea.
Por Dida Gonçalves
Radar Sertanejo