Os servidores do Tribunal de Justiça da Paraíba inciaram nesta terça-feira (20) uma paralisação de advertência. Os trabalhos na Justiça no estado ficam paralisados pelos próximos três dias, com retorno à normalidade apenas na sexta-feira (23). Com a paralisação deixarão de ocorrer audiências agendadas para essas datas, atendimento ao público, cumprimento de determinações judiciais, expedições e cumprimentos de mandados judiciais.
De acordo com o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Paraíba (Sinjep-PB), a paralisação de advertência é contra a falta de atenção da presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), desembargador Marcos Cavalcanti, em relação às reivindicações salariais dos servidores do quadro e os privilégios dados a cargos comissionados do Tribunal.
Para Benedito Fonseca, presidente do sindicato, “a pauta salarial dos servidores apresentada ao presidente do Tribunal de Justiça desde o início do ano não está sendo respeitada”. “Os servidores do quadro lutam pela adoção de percentual da database que reflita as perdas decorrentes da inflação. Também lutam pela incorporação dos auxílios aos vencimentos, a abertura dos editais de remoção, entre outros pontos”, diz.
A presidência do Tribunal de Justiça considera “inoportuna” a paralisação dos servidores, uma vez que sempre esteve aberta ao diálogo com todas as categorias. De acordo com a assessoria de comunicação do TJPB, está previsto no orçamento do próximo ano um reajuste de 8,5% a partir de janeiro, data base dos servidores. “Dentro das condições orçamentárias, a presidência do Tribunal de Justiça atendeu parte das reivindicações dos servidores”, informou por meio da assessoria de comunicação.
Benedito afirma que para o conjunto dos servidores efetivos “o aumento de salário concedido para quem já recebe bem, diretores e assessores dos desembargadores que não são do quadro, só causa mais intranquilidade e indignação aos servidores. Também não se aponta nenhuma solução para a Resolução 153/2012 do CNJ que trata das diligências dos Oficiais, o que causa prejuízo financeiro à categoria, enquanto há uma clara demonstração de disponibilidade orçamentária para esse fim”, declarou.
A categoria afirma que após a paralisação de advertência, será realizada uma nova assembleia no dia 28 de outubro. O objetivo da reunião é avaliar o movimento e analisar a possibilidade de deflagração de uma greve geral por tempo indeterminado.
Com G1 PB