Paraíba

Incêndios destroem coqueirais no Sertão e prejudicam economia

Incêncios estão destruindo lotes de coco em SousaAgricultores que possuem lotes de coco e outras frutas na região de Sousa, no Sertão paraibano, a 433 km de João Pessoa, estão tendo prejuízos de até R$ 8 mil por mês com os incêndios que atingem as plantações desde o início do ano. As queimadas, segundo os agricultores, são, em maioria das vezes, fruto de ação criminosa de donos de outros lotes que cometem o crime por vingança ou para tentar comprar a propriedade afetada pelo fogo por um preço muito abaixo do mercado.

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Um dos maiores incêndios deste ano aconteceu no dia 16 de outubro. O fogo, que começou em palhas de coco espalhadas em um lote, consumiu boa parte de um grande lote de coqueirais, atingindo também outros dois espaços e um sítio.

Em outro caso, registrado no dia 21 de setembro, um incêndio de grandes proporções destruiu cinco lotes de coqueirais, destruindo toda a plantação e causando prejuízos financeiros aos agricultores.

Para a Polícia Civil, boa parte dos incêndios são criminosos e acontecem por vingança ou por motivação financeira, já que um lote queimado perde boa parte do valor.

“Temos uma grande quantidade de ocorrências registradas e, por baixo, 30 delas são de suspeita de incêndio criminoso. Os próprios agricultores nos passam que viram pessoas desconhecidas nos lotes momentos antes do incêndio. As investigações apontam que donos de outros lotes promovem o crime para tentar comprar a área queimada por um preço muito abaixo do comercial. A vingança também seria um motivo, já que alguns agricultores não querem ver o lote do colega prosperar, então ateiam fogo. Estamos investigando para confirmar as hipóteses”, informou a Polícia Civil em Sousa.

De acordo com o major Edênio, comandante do 6º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Sousa, os incêndios em lotes de agricultores estão surgindo cada vez com mais frequência, mas as causas para o fogo nem sempre são conhecidas.

“Pode ser a vegetação seca, uma piola de cigarro que tenha sido jogada pelo próprio agricultor, por um caco de vidro que reflita a luz do sol em uma vegetação seca, causando uma faísca, pela limpeza incorreta do lote com utilização de fogo que foge do controle do agricultor ou incêndio criminoso mesmo. Apenas a perícia pode dizer qual foi a causa correta, mas nem sempre somos acionados pelos agricultores para analisarmos o motivo do fogo”, contou o major.

Portal Correio

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