Cidades

Centro de recuperação projetado por 15 prefeitos da AMASP é esquecido

centro ppTalvez o nome “Burocracia” seja a palavra mais usada por, pelo menos, 15 prefeitos da microrregião de Cajazeiras para explicar a falta de interesse pela implantação de um centro de recuperação de dependentes químicos,  prometido há mais de sete meses por todos os gestores que fazem parte da AMASP.

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Os entusiastas foram o prefeito, Domingos Neto, de São José de Piranhas e a prefeita, Denise Albuquerque, da cidade de Cajazeiras, até pelo fato das duas cidades terem um percentual  elevado, proporcionalmente, de dependentes de drogas.
Até que gestores chegaram a se reunir sobre o assunto, com exceção da maioria, mas até agora nada saiu do papel,  enquanto  famílias  sofrem e estão destruídas por falta de um lugar para recuperar seus parentes que estão afundados em um mar de drogas sem vislumbrar mais perspectivas alguma.

O local  que seria destinado à recuperação desses jovens tem toda estrutura física, e o lugar é por demais estratégico, fica a cerca de 12 quilômetros de São José de Piranhas à beira da rodovia PB-400 estrada que liga Cajazeiras. No local funcionou um canteiro de obras que foi utilizado por uma empresa que prestou serviços às obras da Transposição do Rio São Francisco, e depois que os serviços se acabaram a empresa doou toda a estrutura à prefeitura de São Jose de Piranhas.
O projeto começou e findou em apenas um encontro entre os gestores que aconteceu ainda em abril deste ano. De lá para cá nada foi feito e pouco se ouviu falar no assunto, por outro lado, o número de dependentes químicos e as consequências das drogas aumentam assustadoramente debaixo de nossos narizes.

Neste domingo, 6 de dezembro de 2015, a prefeita de Cajazeiras, Denise Albuquerque, foi questionada sobre o assunto, mas tirou do “Matulão” a resposta que todos já sabiam. Ela se esquivou da resposta dizendo que as famílias que convivem com dependentes químicos rejeitam internar seus parentes em centros de recuperação, por vergonha ou por que preferem está ao lado deles [dependetes], outro argumento da prefeita foi a palavra “Burocracia.”

Diante disso, o assunto  pode se considerar papo encerrado. O ano que vem tem eleições municipais e a maioria dos prefeitos da AMASP vai concorrer à reeleição ou apoiar seus pretendentes, enquanto isso muitas famílias vão continuar padecendo, sofrendo, gemendo, até quando?..

Por Alex Gonçalves
Radar Sertanejo

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