A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Juazeiro do Norte, a 493 km de Fortaleza recebeu nesta manhã, mais de 30 mil pessoas para a leitura da carta que reconcilia Padre Cícero Romão Batista e a Igreja Católica. A pedido do papa Francisco o documento foi enviado por Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano.
Com o céu nublado em Juazeiro do Norte, a celebração começou pontualmente às 6 horas e teve a participação de cinco bispos e 17 padres. A carta foi lida por Dom José González.
Padre Cícero morreu no dia 20 de julho de 1934 e todos os dias 20 a capela de Nossa Senhora do Pepétuo Socorro, onde ele está enterrado, recebe cerca de 20 mil pessoas.
Josefa França, 78, conhecida por dona Silva, chegou às 4h30min para ficar bem a frente do alambrado montado. Ela afirmou rezar muito para padre Cícero pedindo prosperidade. Disse ainda que ele lhe ajudou na cura de uma doença.
O bispo do Crato, Dom Fernando Panico, celebrou a missa e agradeceu a presença dos romeiros. Afirmou que “a partir de hoje ninguém pode dizer que vocês não são católicos verdadeiros e fanáticos”. E afirmou que o papa Francisco disse “que vocês são filhos queridos e amados da Igreja, graças a padre Cícero.
Influência
O bispo do Crato, Dom Fernando Panico disse que a reconciliação foi facilitada por um bispo brasileiro, Dom João Brás, que tem proximidade com o papa.
“Não posso afirmar isso para não me encrencar, mas posso imaginar que ele como amigo do papa, tenha influenciado nas conversas pessoais. Ele deve ter colocado o padre Cícero no meio de um dos tantos assuntos a serem visto com amor e interesse pelo papa”, afirmou o bispo.
Festejos
Os festejos começaram no sábado (19), em Juazeiro do Norte, com uma carreata que reuniu 50 carros e 200 motos, segundo os organizadores.
O cortejo percorreu 45 quilômetros das ruas da cidade fundada pelo “padim Ciço”.
Redação O POVO Online com informações da repórter Angélica Feitosa