O deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB), da cidade de Patos, anunciou na tarde desta quarta-feira (20) que concorrerá à liderança do PMDB na Câmara dos Deputados. Já confirmaram que vão disputar o o cargo o atual líder, deputado Leonardo Picciani (RJ), e o deputado Leonardo Quintão (MG), que tem apoio de parte da ala dissidente do PMDB.
A candidatura faz parte de uma estratégia do presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), para enfraquecer a postulação de Picciani, forçando um segundo turno.
Próximo a Cunha, o deputado Hugo Motta foi escolhido para ser presidente da CPI da Petrobras. Motta também liderou uma articulação com partidos de oposição que evitou a convocação de delatores que pudessem comprometer o presidente da Câmara. À época da CPI, deputados do PSOL e do PPS o acusaram de blindar Cunha.
Na segunda votação, o grupo dissidente espera que os votos do candidato derrotado migrem para o deputado que também se apresenta como alternativa a Picciani, aliado do governo.
A relação entre o parlamentar do Rio de Janeiro e a base governista ficou mais estreita durante as negociações para a reforma ministerial no segundo semestre do ano passado.
As articulações do parlamentar do Rio de Janeiro renderam dois ministérios à bancada do PMDB na Câmara Federal. Picciani indicou os novos ministros da Saúde e da Ciência e Tecnologia, os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Celso Pansera (PMDB-RJ).
A eleição, que acontece no dia 17 de fevereiro, será por maioria absoluta da bancada, ou seja, será escolhido o candidato que obtiver os votos de mais da metade dos 67 deputados peemedebistas.
Brasil 247