A Polícia Civil da Paraíba identificou a arma de fogo de onde se originou o disparo que atingiu o 1º tenente da Polícia Militar do Estado, Ulysses Costa, assassinado na noite dessa quinta-feira (4), no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. O exame de confronto balístico realizado entre o projétil retirado do corpo do oficial e armas apreendidas no local do crime foi realizado por peritos do Instituto de Polícia Científica (IPC). Com isso, o delegado Reinaldo Nóbrega, de Crimes Contra Pessoa (Homicídios), concluiu que o sargento Jailton Santos Pereira está envolvido no homicídio do tenente Ulysses e solicitou a prisão preventiva dele.
O laudo foi concluído no início da tarde dessa sexta feira (5). “O nosso trabalho começou depois da conclusão do laudo do perito médico legal, que com muito cuidado e precisão conseguiu retirar do corpo da vítima o projétil sem nenhum dano. Foi um trabalho muito bem feito porque ele chegou para o setor de balística em perfeito estado para confronto. Era um projétil só, de calibre 38 de ponta oca, uma munição que contém mais cobre e por isso é mais potente. A partir disso coletamos os projeteis da arma padrão, o revolver 38. Realizamos tiros para teste na intenção de saber se o que foi expelido pela arma tem as mesmas características do encontrado no corpo do tenente. Só depois de uma análise microscópica foi constatado que o tiro que atingiu a vítima foi disparado pelo revólver calibre 38 enviado pela autoridade policial para exame”, disse a perita criminal do IPC, Luciana Bezerra Von Szilagyi, responsável pelo laudo.
Com o resultado do exame pericial o delegado Reinaldo Nóbrega, titular da Delegacia de Crimes Contra Pessoa (Homicídios) da Capital concluiu que o sargento, Jailton Santos Pereira está envolvido no homicídio do tenente Ulysses e solicitou a prisão preventiva dele. “Como a arma usada para matar o tenente Ulysses foi encontrada na casa do sargento, agora ele passa a figurar no inquérito como partícipe do homicídio, porque de alguma forma ele deu aparato para a prática desse crime já que ele assume que o revólver calibre 38 periciado é dele. Inclusive quando a polícia encontrou as armas notou que elas tinham sido limpas em uma possível tentativa de apagar qualquer vestígio de pólvora ou uso recente”, disse o delegado.
Agora a polícia vai concentrar os trabalhos nas buscas para prender o filho do sargento, Joandeson Pereira de Sousa, conhecido como ‘Bimbo’. Ele teria sido visto no local do crime com José Adriano Ferreira de 26 anos, conhecido como ‘Drica’. Os dois estavam armados e teriam atirado na direção dos policiais que estavam com o tenente Ulysses. José Adriano foi preso em flagrante horas depois do crime. A polícia também pediu a prisão preventiva de Joandeson Pereira de Sousa para esclarecer quem estava com o revólver calibre 38 responsável pelo disparo que matou o militar.
Denúncias pelo 197 – O delegado Reinaldo Nóbrega pede que qualquer informação que possa contribuir para a localização do homem que está foragido pelo assassinato do tenente Ulisses pode ser repassada à Polícia por meio do Disque Denúncia da Secretaria da Segurança (Seds). A ligação para o 197 é gratuita e o sigilo da identidade do denunciante é garantido.
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