Após a confirmação de que o senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, vai presidir a Comissão do Impeachment no Senado, o senador José Maranhão (PMDB) avaliou nesta quarta-feira (20) que o governo não terá chance de reverter a situação do impeachment, no Senado. O PMDB tem o maior bloco, com 18 senadores. O senador José Maranhão disse que o senador Eunício Oliveira telefonou para ele e comunicou que vai fazer as indicações dos membros da Comissão ainda hoje.
“Ele me consultou se eu aceitava participar, e eu disse a ele que poderia participar se fosse necessário, mas não fazia questão, nem reivindicava, porque de qualquer maneira eu vou votar na decisão final. Essa comissão vai só apreciar a admissibilidade”, disse. “Eu disse a ele o seguinte: eu não sou problema, sou solução”, acrescentou.
“A Comissão do Impeachment no Senado é composta de senadores experientes, equilibrados, e vai agir com toda justiça, com toda firmeza, mas mantendo a dignidade do cargo”, disse Maranhão. O relator indicado pelo PSDB é o senador Antonio Anastasia (MG).
Depois do PMDB, que lidera o número de senadores, a oposição, formada por PSDB, DEM e PV, tem 16 senadores. Já o governo, com PT e PDT, tem 14.
Desta forma, proporcionalmente, o PMDB deve indicar cinco senadores para a comissão; PSDB, DEM e PV, cinco senadores; PT e PDT devem indicar quatro; o bloco PTB, PR, PSC, PRB e PTC, dois senadores; PSB, PPS, PCdoB, Rede, também dois senadores; PP e PSD, dois senadores; e mais dois membros sairão dos últimos três blocos.
Os partidos têm até sexta-feira para indicar seus representantes à Comissão e, a partir daí ,será definido o ritmo dos trabalhos. O PSDB já fez suas indicações. O senador Cássio Cunha Lima foi indicado pelo bloco da oposição para compor a comissão especial do impeachment no Senado, bem como os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). A indicação foi formalizada no plenário da Casa pelo líder do DEM, José Agripino (RN). Já os suplentes são: Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Paulo Bauer (PSDB-SC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).
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