Brasil

Encontro de governadores: Ricardo quer celeridade na Transposição

O governador Ricardo Coutinho (PSB) participa do Encontro dos Governadores do Nordeste, que acontece na tarde desta quinta-feira (19), no Hotel Ritz Lagoa da Anta, em Maceió (AL). O paraibano já adiantou algumas pautas da reunião. Entre elas, a celeridade nas obras da transposição do Rio São Francisco, como forma de sanar urgentemente o problema de abastecimento d’água na região. De acordo com o socialista, é preciso que o Governo Federal amplie a quantidade de trabalhadores na obra e estabeleça, se possível, até um ‘quarto turno’ de trabalho.

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“Queremos recuperar a pauta que já vinha sendo discutida e que, inclusive, já está no Congresso Nacional, de rolagem da dívida, garantir o terceiro turno, e se possível até o quarto turno para a transposição do Rio São Francisco, essa obra não pode ter contingenciamento, precisa ter mais gente trabalhando, superior, inclusive, ao pico dela que foi de mais de 10 mil trabalhadores. Além de outras questões, incluindo claro uma postura diferente, e promovendo uma reflexão dos governadores a cerca da preservação da democracia em nosso País”, disse.

Já o anfitrião, governador Renan Filho (PMDB), diz que entre os pontos de destaque do Encontro estão a dívida pública dos Estados e a continuidade de programas federais importantes para a promoção do desenvolvimento no Nordeste.

“Pretendemos lançar uma pauta de reivindicações dos governadores do Nordeste para iniciar uma nova discussão com o governo interino, como o alongamento da dívida dos Estados, necessidades de operações de créditos para enfrentar a crise, iniciar debates sobre questões tributárias; de maneira que é uma reunião importante que vai definir os cenários e acompanhar as mudanças políticas que o Brasil enfrenta, que, neste sentido, precisam de respostas rápidas para que a população possa perceber isso revertido em benefícios”, ressaltou Renan.

Sobre a dívida, alguns Estados conseguiram liminarmente na Justiça a suspensão do pagamento por dois meses, de acordo com a orientação do Supremo Tribunal Federal.

“A orientação é que se busque, através do diálogo, um caminho que faça superar essa dívida que massacra os Estados brasileiros, o que praticamente inviabiliza alguns Estados. Essa dívida que, na origem era de R$ 1 bilhão, o Estado de Alagoas já pagou mais de R$ 10 bilhões. Isso está ficando impagável, por isso propomos o alongamento da dívida, com um período de carência”, disse Renan Filho.

De todo modo, mesmo diante da crise econômica, o Governo Federal tem sido consciente e aberto em estabelecer um entendimento. O governador de Alagoas sente que há ‘portas abertas’ para se chegar a um consenso.

“O Congresso Nacional está aguardando a apreciação. O presidente [interino] Michel Temer, e sua equipe econômica, já sinalizaram que pretendem fazer um acordo. Espero que isso venha rápido para que os Estados se preparem para seguir enfrentando a crise com trabalho”, explicou o chefe do Executivo alagoano, confirmando que não haverá presença de membros do Governo Federal no encontro desta quinta-feira. O momento, segundo Renan Filho, é de unificar a pauta e apresenta-la após o encontro.

Fortalecendo seu argumento para o alongamento da dívida, o governador lembrou que no ano passado R$ 1 bilhão foi destinado à dívida pública – recursos estes que poderiam servir para infraestrutura e bem-estar social em Alagoas.

“Se isso for reduzido, vamos poder fazer investimentos que a população verdadeiramente precisa, melhorando a segurança, investir na saúde, na educação, é isso que as pessoas querem. Quando o Estado já deixou de pagar a folha, muita coisa ele já deixou de fazer, sobretudo deixou cair a qualidade do serviço público”, completou o gestor.

Ao final do Encontro dos Governadores do Nordeste, os participantes destacarão uma carta, que será apresentada em coletiva de imprensa, no hotel.

Redação com Wscom

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