Jeová Campos diz que tirar das mãos do Estado recursos contra seca é retaliação a Ricardo Coutinho
O deputado Jeová Campos (PSB) repudiu a decisão do presidente Michel Temer (PMDB), que tira dos Estados a autonomia de gerir os recursos para o combate à seca. A medida tirou dos governadores e colocou para as regionais do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) essa responsabilidade, cancelando um acordo celebrado pela então presidente Dilma Rousseff.
“Essa decisão do presidente golpista de tirar a autonomia dos governadores da gestão dos recursos de obras emergenciais de combate à seca é uma retaliação, uma decisão míope e mesquinha, um desrespeito aos nordestinos e uma afronta aos governadores”, afirmou o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar da Água da ALPB, Jeová Campos (PSB), logo após tomar conhecimento da medida.
Jeová Campos disse que todo mundo sabe que o DNOCS sofreu nos últimos anos um esvaziamento e sucateamento e não tem, na atual conjuntura, a agilidade dos governos estaduais para agir numa situação que requer ações emergenciais.
A seca
“O povo está sofrendo com a falta de água, estamos enfrentando o quinto ano de seca consecutiva, nossos reservatórios estão secos ou na iminência de entrar em colapso, caso não chova, os governos já estavam agindo e realizando ações emergenciais. Mudar a gestão dos recursos, neste momento, na atual conjuntura, é desdenhar da calamidade que estamos vivendo, é brincar com algo muito sério e, sobretudo, atrasar ações que requer urgência”, destaca o parlamentar.
A Paraíba e Ricardo Coutinho
“Na Paraíba, por exemplo, fica claro a retaliação ao governador Ricardo Coutinho, um defensor da presidente Dilma, já que o gestor do DNOCS é um indicado do senador José Maranhão, aliado de Temer e oposição a Ricardo. O fato é que essa medida política rasteira pode custar muito caro a quem precisa de água para sobreviver”, revelou Jeová.
Com assessoria