PB é o 4° estado do NE que mais investe em políticas contra o uso de bebidas alcoólicas nas escolas
A escola tem um papel fundamental no combate ao uso precoce do álcool e, na Paraíba, segundo informações disponíveis na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015 (PeNSE), 85,1% dos 46.920 alunos que frequentam o 9º ano do Ensino Fundamental, ou seja, 39.931, estudam em escolas que possuem alguma política, norma ou regra escrita que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nas suas dependências, sendo que 32.075 estudam em escolas públicas e 7.856 em escolas privadas. A Paraíba ocupa a 4ª posição no Nordeste, entre os estados que mais inibem o uso de bebidas alcoólicas nas escolas.
A orientação da Secretaria de Estado da Educação é que as escolas trabalhem com os temas transversais em sala de aula e o alcoolismo é um deles, assim como o bullying, a diversidade de gênero, entre outros. Desta forma, o debate na escola sobre o tema do uso precoce do álcool e seus efeitos se torna indispensável e tem sido objeto da iniciativa de diversos professores que acompanham de perto o processo de interação entre os adolescentes e se este processo está se dando de forma sadia.
De acordo com a pesquisa do IBGE, a Paraíba é o 16º Estado brasileiro em número de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental frequentando escolas que informaram possuir alguma política, norma ou regra escrita que proíba o consumo de bebidas alcoólicas nas suas dependências, ficando acima de estados como Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Tocantins, Rondônia, Acre, Amapá e Roraima.
Sobre o número de alunos em escolas que inibem o uso de bebidas alcoólicas, a Paraíba ocupa a 5ª posição no Nordeste, ficando acima de estados como Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em termos proporcionais, com 85,1% dos alunos em escolas que cuidam da prevenção do uso de bebidas alcoólicas, a Paraíba ocupa a 4ª posição no Nordeste, numa situação melhor do que a ocupada por estados como Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Maranhão.
Na opinião da promotora Soraya Escorel, antes de qualquer estratégia, o que precisa ser feito para reduzir os índices tão elevados e preocupantes da pesquisa, relativamente ao uso cada vez mais precoce de bebida alcoólica por menores de idade, é chamar a atenção da sociedade e das famílias em geral acerca da legislação. “O desconhecimento da lei é inescusável. Isso é fato. A maioria das pessoas conhece a legislação que trata do assunto, mas faz de conta que não conhece e simplesmente ignora. Ocorre que, de acordo com a legislação atual – Lei 13.106/15 – se alguém, mesmo os pais ou responsável legal, fornece, serve ou entrega qualquer forma de bebida alcoólica, ainda que gratuitamente, à criança ou adolescente, está praticando um crime”, alerta.
Redação com SECOM