Paraíba

Obras do Eixo Norte da Transposição e abastecimento de água no Sertão são debatidos na Promotoria de Justiça de Sousa

debatidosO procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Bertrand de Araújo Asfora, presidente do ‘Comitê de Gestão da Crise Hídrica na Paraíba’, esteve na manhã desta quinta-feira (22) na região do município de Sousa – cidade do Sertão paraibano, com cerca de 70 mil habitantes e distante a 438 quilômetros de João Pessoa – para participar de reunião que discutiu os atrasos nas obras do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Transposição das Águas).

- PUBLICIDADE -

Acompanhado dos procuradores de Justiça Valberto Cosme de Lira (2º-subprocurador-geral de Justiça do MPPB) e Francisco Sagres Macedo Vieira (integrante do Comitê da Crise Hídrica), o procurador Bertrand Asfora também visitou, ao lado de técnicos da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), o Canal da Redenção, que atende ao Distrito de Irrigação das Várzeas de Sousa, a ser beneficiado com as águas do Eixo Norte da Transposição.

Na Promotoria de Justiça de Sousa, também participaram da reunião com a Aesa e outros integrantes do ‘Comitê de Gestão da Crise Hídrica na Paraíba’ os promotores de Justiça Manoel Pereira de Alencar, Valfredo Alves Teixeira e Maria na Neves Pedrosa Bezerra.

Cortando os estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba, as obras do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco estão atrasadas. Em julho deste ano, chegaram a ficar paralisadas, com a demissão de 700 trabalhadores e a concessão de férias coletivas para outros 600 funcionários por parte da Mendes Júnior, construtora responsável pelo trecho. O Ministério da Integração Nacional já teria investido R$ 5,1 bilhões nesse eixo. A previsão é que obra seja entregue no começo de 2017.

Com 477 quilômetros de extensão em dois eixos (Leste e Norte), a Transposição das Águas do São Francisco, realizada nos governos de Lula e Dilma Rousseff, vai garantir a segurança hídrica de 12 milhões de pessoas em 390 municípios da Região Nordeste, onde a estiagem é frequente.

No estado da Paraíba, no Eixo Leste a água da Transposição passará pelos rios do Cariri e Agreste, enchendo o Açude Poções, em Monteiro, Epitácio Pessoa, em Boqueirão, e a Barragem de Acauã, em Itatuba. A água chegará por meio de canais e túneis subterrâneos. Parte dessa água do Eixo Leste também será distribuída para toda a Região do Cariri, com a possibilidade de levar água até a Região do Curimataú.

http://www.mppb.mp.br/files/Comit_das_guas_Sousa.jpgNo eixo Norte, a água chegará na Paraíba pela Barragem de Caiçara e seguirá para o Açude Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras, e em seguida para o Açude São Gonçalo e Rio Piranhas, chegando ao estado do Rio Grande do Norte, onde terá outras distribuições. A Paraíba também conseguiu a aprovação de uma entrada no Eixo Norte para o Açude de Condado, na cidade de Conceição, no Sertão.

Segundo o Ministério da Integração, em todo o Nordeste o Projeto de Transposição das Águas do Rio São Francisco emprega diretamente cerca de 10 mil pessoas, tendo cerca de 477 quilômetros, atingindo 27 reservatórios, 14 aquedutos, nove estações de bombeamento e quatro túneis.

Presidido por Bertrand Asfora, o ‘Comitê de Gestão da Crise Hídrica na Paraíba’ foi criado no dia 10 de junho deste ano e, em um primeiro momento, teve como principal foco o Açude de Boqueirão e o abastecimento de água na região polarizada pelo município de Campina Grande. O ‘Comitê’ é composto por instituições governamentais e instituições da sociedade civil. Alguns integrantes foram convidados e outros convocados, de acordo com a legitimidade dada ao Ministério Público, conforme a legislação.

Redação com Assessoria de Imprensa

Deixe uma resposta