A Polícia Civil da Paraíba, por meio do trabalho investigativo da Delegacia de Crime contra do Patrimônio (DCCPAT), desarticulou, na noite dessa quarta-feira (24), uma quadrilha composta por quatro pessoas e apreendeu mais de 300 quilos de droga na cidade de João Pessoa. A ação policial teve início no Bairro de Água Fria, momento em que foi abordado um veículo kombi, que estava com adesivo da Prefeitura Municipal de João Pessoa, fato que a Polícia ainda está investigando para saber se, realmente, o veículo pertence ao Governo Municipal. Foram presos Daniel Teixeira de Andrade, 25 anos; Diego de Oliveira Rodrigues, 22 anos; Isamel Simplício Maximiniano, 23 anos; e Alexandre Batista da Silva, 29 anos.
De acordo com o delegado Aldrovilli Grisi, da DCCPAT, os policiais estavam próximo ao local da prisão, realizando outro trabalho investigativo, quando recebeu uma denúncia anônima, pelo telefone 197 – Disque Denúncia da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, com informações de que havia um veículo que estaria transportando droga naquelas proximidades. Atenta às informações repassadas, de imediato, a Polícia se deslocou até o local informado e fez a abordagem, onde constatou o crime. Após a apreensão de parte da droga que estava no veículo, a equipe policial seguiu para duas residências, localizadas em Mangabeira II e VII, e que pertencem a Alexandre Batista, natural do Rio de Janeiro, sobre o qual existe suspeita de fazer parte do Comando Vermelho. Nas residências, foram localizados e aprendidos 129 tabletes de maconha e quatro quilos de cocaína.
Ainda foram apreendidos três veículos, sendo duas motos e outro carro Fiat Strada que, segundo a polícia, pertence a um agente penitenciário. No entanto, um dos presos, Isamel Maximiniano Coelho, que seria filho do agente penitenciário, garantiu que pegou o veículo escondido do pai. Também foram apreendidos com a quadrilha balança de precisão, celulares e um carregador de pistola calibre 380, material que seria utilizado para comercialização da droga.
A autoridade policial informou que um dos presos garantiu que a origem da droga, que acredita estar avaliada entre 500 a 900 mil reais, dependendo de como seria comercializada, seria do Estado do Rio Grande Norte. O delegado salientou que pode ter sentido, haja vista que com a chegada do Exército em Natal, devido o clima tenso dos últimos dias, essas quadrilhas queiram buscar refúgios em outros Estados vizinhos para poder continuar realizando crimes. “Porém, aqui na Paraíba, a Polícia está vigilante e trabalha com muito rigor no combate de crimes que possam tirar a paz da população”, afirmou.
O delegado fez questão de frisar que não se trata apenas de apreensão de drogas, mas, sobretudo, tirar de circulação elementos perigosos que possuem teorias extremamente apuradas para a prática dos crimes e que outros, em breve, serão presos. “Nós estamos tirando das ruas não somente drogas, mas indivíduos que ferem diretamente o homem de bem, finalizou Aldrovilli Grisi. Os presos serão interrogados durante audiência de custódia, em seguida serão encaminhados para o presídio Roger onde ficarão à disposição da Justiça.