Centenas de mulheres se concentraram no centro da cidade de Patos na manhã desta quarta-feira, dia 08, para comemorar o Dia Internacional da Mulher. O ato teve início na Praça Edivaldo Motta e depois os participantes saíram em caminhada pela avenida Solon de Lucena e Epitácio Pessoa, indo até a Praça Getúlio Vargas onde foram oferecidos serviços e café da manhã.
A atividade contou com várias secretarias da Prefeitura Municipal de Patos, porém, diversas entidades e movimentos sociais se fizeram presentes e protestaram diante de temas relevantes, tais como Reforma da Previdência, respeito a mulher, contra a violência obstétrica, por retorno do serviço de hidroginástica oferecido pela secretaria de Saúde do Município de Patos, contra o estupro, por reforma agrária, dentre outros temas.
Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Mulheres Olga Benário, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), representantes da Igreja Católica e de setores mais progressistas gritaram “Fora Temer”. Os presentes fizeram duras críticas ao golpe institucional que cassou a presidente Dilma Rousseff (PT) e criou uma série de medidas impopulares após o vice-presidente Michel Temer (PMDB) o assumir a presidência. “É muito retrocesso em pouco tempo de Temer! Congelamento de investimentos na saúde e educação, nomeação de acusados como ministros, enfraquecimento das investigações no STF, além de criar um governo com moldes fascistas”, relatou Carminha Soares.
Francisca Vasconcelos, presidente da Associação de Apoio à Mulher Patoense (ASAMP), fez críticas ao poder público municipal que não renovou o contrato da hidroginástica para as mulheres que sofrem com problemas de saúde e também alertou a sociedade com relação as PEC’s aprovadas a pedido do Governo Federal que estão promovendo retrocessos nos direitos do povo. “É hora de protestar também! Não é hora de só festejar não! Mas é claro que é um momento nosso! É uma conquista nossa”, comentou Francisca.
Lidiane Tiburtino disse que o Dia Internacional da Mulher não pode ser um dia de comemoração diante do quadro de regressão de direitos que estão acontecendo. “A gente está num momento de enfraquecimento da rede sócio assistencial de enfrentamento de combate à violência! O Dia Internacional da Mulher tem que pautar atualmente a questão da greve, pois os motivos para parar são diversos, eles vão desde a reforma da previdência a questão do aumento dos índices de violência! ”, disse Lidiane.
Através das Faculdades Integradas de Patos (FIP) e da secretaria de Saúde do Município de Patos, as mulheres presentes ao ato dispuseram de verificação de pressão arterial, assistência social e aconteceram exposições de trabalhos artísticos, culturais e físicos. O prefeito Dinaldinho Wanderley (PSDB) e a primeira dama Mirna Noia se fizeram presentes, bem como vários secretários municipais e representantes da Delegacia Especializada de Atenção à Mulher (DEAM).
Jozivan Antero – Patosonline.com
