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Cartão-postal de Natal vira ‘cemitério’ em memória a mais de 1.000 homicídios registrados este ano

Praia de Ponta Negra virou 'cemitério' em protesto por número de homicídios no RN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Praia de Ponta Negra virou ‘cemitério’ em protesto por número de homicídios no RN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

Organizações Não Governamentais montaram um ‘cemitério’ na manhã desta quinta-feira (15) na praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal. Aos pés do Morro do Careca, principal cartão-postal da cidade, foram fincadas 1.000 cruzes de madeira simbolizando os mais de 1.000 assassinatos registrados somente este ano no Rio Grande do Norte.

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De 1º de janeiro até esta quarta (14), pelo menos 1.114 pessoas já haviam sido vitimadas pela violência no estado – um crescimento superior a 26% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Observatório da Violência (OBVIO), instituto que contabiliza e analisa os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) registrados no RN.

Os organizadores do ato pedem socorro e providências ao poder público.

Carlos Eduardo Alves era motorista da Força Tática do 9º BPM, em Natal (Foto: PM/Divulgação)

Um dos casos mais recentes foi a morte do soldado da Polícia Militar Carlos Eduardo da Silva, assassinado a tiros ao reagir a um assalto na noite desta quarta em um bar na cidade de Areia Branca, distante 330 quilômetros da capital potiguar. Na troca de tiros, duas mulheres foram baleadas e socorridas. Outros dois homens também morreram. Os quatro são suspeitos de terem participado do assalto.

O PM morava em Natal e trabalhava como motorista da Força Tática do 9º Batalhão. De férias, o soldado foi a Areia Branca a passeio e estava no bar participando de uma confraternização com parentes e amigos.

Este ano, 12 PMs já foram mortos no estado.

 

G1 RN

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