O padre Pedro Gomes Bezerra foi vítima de latrocínio, roubo seguido de morte, e manteve relações sexuais com um dos suspeitos pouco antes de ser assassinado em Borborema, na Paraíba. O delegado Diógenes Fernandes, responsável pela investigação, afirmou nesta terça-feira (26) que estas são as conclusões do inquérito policial finalizado na sexta-feira (22).
O padre foi encontrado morto dentro de casa no dia 24 de agosto, em Borborema. Ele foi alvo de ao menos 29 facadas, segundo a perícia.
Para o delegado, ficou confirmado que o suspeito – que segue foragido – de esfaquear e matar o padre, usou a intimidade que tinha com a vítima para roubá-la. Um adolescente, que foi apreendido cinco dias após o crime, também é suspeito de participar do assassinato.
Em sua primeira versão à polícia, o adolescente confessou o crime. Ele disse que foi convidado para consumir bebidas alcoólicas dentro da casa e que o homicídio aconteceu depois que o padre tentou fazer sexo com ele. Em uma segunda versão, informou que a motivação para o crime não era passional, mas patrimonial.
De acordo com Diógenes Fernandes, o jovem, que foi coroinha na mesma paróquia e está foragido, mantinha uma relação de intimidade muito grande com o padre. Dois dias antes do crime, ele entrou em contato com Pedro Gomes e indicou que apresentaria um amigo – que é o adolescente apreendido.
O padre então se encontrou com o ex-coroinha e o adolescente em Arara, município próximo a Borborema, e os levou para a casa paroquial sob o pretexto de assistirem a um jogo de futebol pela TV.
“No dia do crime, eles se encontraram sob o pretexto de ver o jogo. Houve consumo de bebida alcoólica e o jovem, ex-coroinha, manteve relações sexuais com o padre. Em seguida, com uma faca da própria casa, ele esfaqueou o padre. A intenção dos dois jovens era roubar R$ 10 mil do cofre da casa paroquial, pois a igreja da cidade havia arrecadado muito com a festa da padroeira de Arara, cidade que pertence à paróquia de Borborema”, explicou o delegado.
Após matarem o padre Pedro Gomes, os dois suspeitos conseguiram abrir o cofre na casa paroquial, mas não acharam o dinheiro e fugiram com o celular da vítima.
No final de agosto, a Polícia Civil conseguiu localizar o aparelho com um morador da fazendo que pertence à família suspeito. Ainda de acordo com o delegado, o ex-coroinha usou o adolescente para atrair o padre, tendo em vista que a vítima e o adolescente nunca tinham se encontrado até a noite do crime.
G1 PB