Na última semana, durante o feriado de Finados, mais um caixa eletrônico foi alvo de bandidos fortemente armados. Desta vez, na cidade de Nova Floresta, na região Agreste do estado. O assunto voltou a ser tema de debate na manhã desta quarta-feira (8), na Assembleia Legislativa da Paraíba. Para o deputado Anísio Maia (PT), há uma negligência das instituições financeiras quanto aos investimentos em segurança, levando ao descumprimento de legislação estadual em vigor.
“Existe na Paraíba uma contagem diária de explosões em caixas eletrônicos, sempre com ampla repercussão na imprensa. Porém, nunca se toca em quem são os verdadeiros responsáveis, os bancos e os seus correspondentes. Devemos cobrar das instituições bancárias que ampliem seus investimentos em segurança”, afirmou o parlamentar.
O petista ressaltou o sistema financeiro é o único que vem registrando aumento de seus lucros, apesar da crise econômica. As cinco maiores instituições financeiras do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander) tiveram um crescimento de 7,9% em seus patrimônios líquidos, totalizando R$ 441,5 bilhões. Quanto ao lucro líquido, o aumento foi de 27,1%, o que representa o montante de R$ 35,6 bilhões, dados revelados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no início deste mês.
“A Polícia Militar já tem muito trabalho a fazer e não são os contribuintes que devem pegar pela segurança das empresas privadas. Se qualquer outra empresa privada, na indústria ou comércio, por exemplo, negligenciar sua segurança e vier a ser arrombada, certamente será responsabilizada. E por que devemos transformar nossos policiais em seguranças dos bancos?” questionou o deputado.
Anísio Maia acrescentou: “Apresentarei um Projeto de Lei determinando as instituições financeiras que negligenciarem a segurança sejam multadas e os valores revertidos para equipamentos e tecnologia para as nossas Polícias”.
Os ativos dos cinco maiores bancos em atuação no país somavam R$ 6,1 trilhões no último mês de junho, indicando um crescimento médio de 5,1% em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Ao mesmo tempo, 3.021 trabalhadores foram demitidos, o que impacta negativamente nos serviços oferecidos à população.