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Transposição do rio São Francisco muda a vida no leste da Paraíba

17.mar.2017 - Canal do eixo leste da transposição do rio São Francisco, em Sertânia (PE)
Canal do eixo leste da transposição do rio São Francisco | Foto: Beto Macário/UOL

Uma obra contra a seca imaginada no século 19 virou realidade, pelo menos em parte, quando um dos dois eixos da transposição do rio São Francisco foi inaugurado em março deste ano.

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Uma equipe de reportagem do Globo Natureza percorreu esse eixo, de ponta a ponta, pra mostrar o que mudou no campo e nas cidades da região, agora banhada pelas águas do Velho Chico.

A transposição tem dois eixos. O norte, que não está pronto, vai captar agua na divisa da bahia com pernambuco e abastecer rios do ceará, rio grande do norte e paraíba.

O eixo leste, foi inaugurado em março passado e já está funcionando. A captação é feita um pouco abaixo e o eixo alimenta rios e açudes do cariri paraibano e irá levar água para quase 100 municípios de pernambuco.

São 217 quilômetros de canais, aquedutos, cânions escavados na rocha, um túnel, seis estações de bombeamento e 12 reservatórios que regulam o volume de água. A água passa direto por muitas cidades de Pernambuco que hoje não podem usá-la. O eixo segue direto para a Paraíba.

O fim da linha é a cidade de Monteiro, onde a água é despejada para encher o rio Paraíba. O ponto de desague é atração turística. Há anos não se via tanta água.

A água da transposição do rio São Francisco já melhorou a vida de muita gente, mas também trouxe frustrações e disputa pelo seu uso.

 

Tônico Ferreira
Globo Rural

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