Um grupo de moradores da cidade de Queimadas e também de outras cidades da Paraíba fizeram uma manifestação em combate aos crimes de estupro, na manhã desta sexta-feira (9). O ato também serviu de homenagem as vítimas do caso que ficou conhecido como “Barbárie de Queimadas” ocorrida em fevereiro de 2012, quando cinco mulheres da cidade foram estupradas e duas delas assassinadas depois que teriam reconhecido os agressores.
Com faixas e cartazes nas mãos, homens e mulheres fizeram uma caminhada pelas principais ruas do Centro de Queimadas. Com a proximidade dos festejos carnavalescos, o ato também serviu para promover campanhas contra assédio sexual, como a “Não é não!”. O ato teve apoio de Organizações Não Governamentais (ONGs) e instituições de proteção e assistência as mulheres vítimas de violência.
Em Queimadas, este ano, as pessoas que desejarem brincar carnaval vestidas de “papangus” (fantasias típicas de carnaval com máscaras) terão de que fazer um cadastramento na prefeitura municipal e vão ter que usar um crachá. A medida foi tomada por causa de uma portaria de 2012 que proibiu o uso de máscaras no carnaval da cidade. Isso ocorreu depois que as cinco mulheres foram estupradas por homens encapuzados, na “Barbárie de Queimadas”.
Barbárie
A “Barbárie de Queimadas” ocorreu em 12 de fevereiro de 2012, quando dez homens, sendo sete adultos e três adolescentes, simularam um assalto em uma residência para estuprar as mulheres que estavam em uma festa de aniversário. Segundo a Polícia Civil, o crime foi planejado e o estupro das vítimas seria um “presente de aniversário ao dono da festa”.
Cinco mulheres que estavam na casa foram violentadas. As mulheres foram amarradas e vendadas, mas durante o estupro duas delas teriam reconhecido um dos agressores. Por causa disso, os homens fugiram do local levando as duas mulheres e mataram elas. O grupo foi preso entre a madrugada e manhã do dia seguinte. Todos os sete adultos foram julgados e condenados e estão presos. Já os três adolescentes cumpriram medida socioeducativa e estão em liberdade desde 2015.
G1 PB