O Ministério da Integração Nacional vai suspender o bombeamento de água da transposição por quatro meses para Monteiro, por conta de intervenções que devem ser feitas nos açudes de Camalaú e de Poções.
Conforme o presidente da Agência Executiva de Gestão da Águas da Paraíba (Aesa), João Fernandes, as obras não vão atrapalhar o abastecimento das cidades que dependem do Açude de Boqueirão, devido o manancial estar com cerca de 64 milhões de m³.
Porém, o gestor opinou que essas obras deveriam ser feitas durante o período do verão no Estado e não agora, em que se inicia no Cariri o período de inverno.
– Tentamos convencer o Ministério e o Dnocs em fazer as obras no verão, pois já armazenaria água durante o inverno. Porém, o Dnocs não fez a obra no verão porque implicava em usar aquelas bombas que vieram de São Paulo e energia para fazer o bombeamento. Inclusive, o governo do Estado se dispôs a pagar essa energia. Agora começou o inverno no Cariri e, historicamente, os meses de março, abril e maio são os que mais chovem. Portanto, será que é possível realizar uma obra no período invernoso? – comentou.
João afirmou que a caixa de descarga do Açude de Camalaú só soltava 1,5 m de água e por isso foi feito um rasgo para passar mais volume.
A obra a ser realizada vai colocar neste rasgo dois tubos e uma caixa de descarga para, dessa forma, deixar passar uma quantidade maior de água quando necessário.
Ele destacou também que essas obras não são de responsabilidade do governo do Estado e sim do governo Federal, reforçando que estas vão ser feitas na hora errada, de acordo com o entendimento da Aesa.
De acordo com João, as obras deveriam ser feitas só a partir de julho.
As declarações repercutiram na rádio Correio FM, nesta sexta-feira (16).
Paraíba Online