O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uiraúna- Alto Sertão da Paraíba, professor Edilson Anacleto David participou da Marcha “Bom Dia, Lula”, ato unificado do Dia do Trabalhador das Centrais Sindicais em Curitiba. Edilson Anacleto David é membro da Federação dos Servidores Públicos Municipais no Estado da Paraíba (Fespem-PB).
Em iniciativa histórica e inédita, o Dia do Trabalhador de 2018 que ocorreu terça (1º) reuniu no mesmo palco na capital paranaense a Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Intersindical, Nova Central, União Geral dos Trabalhadores e Central dos Sindicatos Brasileiros. Também participaram do ato em Curitiba representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúne centenas de entidades, como MST, MTST, UNE e Central de Movimentos Populares. Na pauta unitária a defesa dos direitos e a liberdade do ex-presidente Lula, preso político em Curitiba desde o dia 7 de abril.
Curitiba foi tingida de vermelho, especialmente nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal naquela cidade. De todas as partes do Brasil chegaram comitivas de trabalhadores. A fortificação em que Lula é mantido preso amanheceu tremendo ao som do brado dos trabalhadores.
Foram discutidos temas importantes como defesa da democracia e das garantias constitucionais, a política econômica de geração de empregos e renda, seguridade e previdência social, o fim da lei do congelamento de gastos, a continuidade do financiamento sindical e, ainda, a revogação da reforma trabalhista.
A partir das 14h na Praça Santos Andrade (Praça da Democracia), houve a apresentação de artistas, como Beth Carvalho, Ana Cañas, Maria Gadú e o rapper Renegado e muitos artistas locais. A partir das 16h, terá início o ato político.
De acordo com o presidente da CUT, Vagner Freitas, a liberdade de Lula além de recuperar o protagonismo e a valorização da classe trabalhadora é também garantir a defesa das empresas públicas que estão sendo sucateadas e vendidas, como a Eletrobras e a Petrobras. “Queremos que os valores com a venda do pré-sal sejam destinados à saúde e educação, como estava previsto nos governos Lula e Dilma.”
Durante muito tempo, a imagem-símbolo do 1° de Maio no Brasil foram os comícios do presidente Getúlio Vargas no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. Num deles, há exatos 75 anos, anunciou-se a CLT, ainda hoje e apesar dos ataques que sofre, a maior garantia do trabalhador.
Depois, desde 1978, a imagem do trabalho ficou sendo a de outro estádio, o de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, onde os metalúrgicos faziam uma greve por melhores salários, ainda em plena ditadura militar. À frente dela, o líder metalúrgico Lula de cabelos e barba ainda fartos e pretos, surgia na cena brasileira.
“40 anos depois, o 1° de maio tem como símbolo um cárcere. O país está transformado num estado policialesco, onde a política é feita por delatores, mídia golpista, representantes do Ministério Público e juízes. A República de Curitiba visa, desde o princípio, a um objetivo, colocar o estadista Lula na cadeia”, disse o sindicalista Edilson Anacleto David.
“ O nosso líder Lula é grande demais para estar num cárcere por um sentença injusta do juiz Sérgio Moro. Seu corpo está encarcerado, mas seus sonhos, seus ideais, seu legado e sua liderança transitam livremente ente o povo brasileiro, como um pássaro libertário rumo a uma uma sociedade livre, justa, inclusiva, solidária e democrática”, disse a presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Poço Dantas-PB, sindicalista, ativista política e professora Erivalda Paulina Deniz.
Lula é único plano do PT à Presidência
Falando a multidão na vigília montada pelo PT e por movimentos sociais ex-governador da Bahia Jaques Wagner repetiu que “não há plano B, C, nem X ou Y” no partido que não a candidatura do ex-presidente Lula.
“Este é um dia histórico em que sete centrais sindicais se unem em torno de uma unidade que é Lula. Lula faz parte do movimento sindical desde 1968 e, pela primeira vez, não está fisicamente conosco, mas caminha pelas nossas pernas”, resumiu o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta. “Nós permaneceremos na rua até que Lula esteja livre para continuar conosco em nossa caminhada.”
Abdias Duque de Abrantes
Jornalista MTB-PB Nº 604