Cultura

Teatro Íracles Pires apresenta três espetáculos em maio

Fachada do Teatro Ìracles Pires, que foi entregue à população após completa restauração pelo Governo do Estado, em março.

O teatro em Cajazeiras há muito tempo que não via uma efervescência como a que está acontecendo desde a inauguração da reforma do Teatro Íracles Pires pelo governador Ricardo Coutinho. Desde a criação de Fóruns Permanentes, passando pelo surgimento de oficinas de artes cênicas e, claro, a ocupação do palco do ICA com espetáculos de artistas da terra, sempre com bom público. Ainda estamos em abril, mas a programação do início de maio já começa a ser divulgada com três peças: “Oh Terrinha Boa”, “Uma Mulher para Dois Maridos” e “Trinca mais não quebra”. Todas as apresentações contam com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo do município.

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No dia 4 de maio, uma sexta-feira, sobe ao palco do Teatro Íracles Pires o espetáculo “Oh! Terrinha Boa!”, com texto e direção do Coletivo (Jucinério Fêlix e Ricardo Lacerda). A peça é uma comédia que retrata a saga de uma família de nordestinos sertanejos que diante das dificuldades naturais imposta pela seca, o latifúndio e o poder político dos coronéis é forçada a deixar sua terra de origem e partir rumo a cidade de São Paulo na busca desesperada por melhores condições de vida. A dificuldade de moradia e emprego, bem como a adaptação ao grande centro, passa humilhação por não acompanhar a tal modernidade, por exemplo: andar de escada rolante, obedecer à sinalização do trânsito na qualidade de pedestre, esta família acaba dividindo com os moradores de rua um espaço debaixo de viadutos. Os temas básicos deste espetáculo são: Cultura Nordestina, Descriminação e Preconceito, Religiosidade e Êxodo Rural.

No dia 5, é a vez da peça “Uma mulher para Dois Maridos”, com texto de Eliseu Miranda e Campana e direção de Francisco Hernandez. O espetáculo conta a história de Oliva, uma jovem que se vê dividida entre o amor de dois homens, ou melhor, seus dois maridos. Há um ano, Olívia casou-se com Roberto e na noite de núpcias o mesmo caiu do navio em que viajavam antes da consumação da lua de mel. Olívia, desesperada, desiludida, consola-se nos braços de Arnaldo, seu amigo, por quem acaba se apaixonando e após um ano resolve casar-se novamente. Ao chegar em casa, após o casamento, os dois têm uma grande surpresa: Roberto está de volta! A partir desse inesperado reencontro o público irá se deparar com situações hilárias, pois os “dois maridos” passam a disputar a tão sonhada noite de amor com Olívia.

Por fim, no dia 6, será a vez de “Trinca, mas não quebra”, que tem texto de Eliezer Rolim e direção de Francisco Hernandez. A peça é, na verdade, é uma festa de casamento na noite de Santo Antônio no interior do Sertão nordestino, mesclando superstições e recordações lúdicas dos fogos de artifícios nas amarras de uma desesperada paixão entre dois adolescentes. A peça é um drama de fogueira no sítio Umburanas, quando Terezinha, uma noiva de 15 anos, descobre morrer de amor por seu ex-namorado que se faz penetra para resgatar publicamente o sentimento que o sufoca, criando uma colagem de danças folclóricas e folguedos da cultura popular.

Os três espetáculos começam todos às 20 horas, com ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). A Cajazeiras Produtora Cultura é responsável pela produção das peças.

Por Linaldo Guedes (A UNIÃO)

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