A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira (9) um servidor público do Fórum de Sousa e um advogado suspeitos de participar de um esquema de fraude a processos judiciais e falsificação de alvarás, para receber dinheiro de bancos. O esquema foi desbaratado pela Operação Al-barã, que acontece nesta manhã nos municípios de Patos e Sousa, no Sertão paraibano.
Estima-se que a quadrilha desviou aproximadamente R$ 1,5 milhão das contas judiciais dos entes federados, como Estado e municípios.
As fraudes aconteciam nos processos de pedido de indenização contra bancos. O delegado-geral da Polícia Civil, João Alves, explicou que o esquema descoberto pela investigação aponta que os alvarás eram preparados e expedidos, inclusive, falsificando a assinatura do juiz, para receber o pagamento do banco. “Falsificava a assinatura do juiz, que é o grande problema aí, inclusive tinha juiz que nem trabalhava na Vara mais”, disse o delegado-geral.
O esquema foi descoberto depois que o banco desconfiou de fraude, procurou a juíza e quando a magistrada foi verificar, não existia o processo. “Porque tem alguns casos que eram de ações que existiam e não tinham sido julgadas ainda. E tinha alguns casos em o processo foi criado”, esclareceu o delegado João Alves.
A polícia cumpre além dos dois mandados de prisão, outros de busca e apreensão nas cidades de Patos e Sousa. A operação é realizada por cerca de 35 policiais.
Os mandados estão sendo cumpridos nos fóruns, escritórios de advogacia e residências dos investigados. Os crimes investigados são de peculato, falsificação de documento público, uso de documento falso, falso reconhecimento de firma ou letra e organização criminosa.
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