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PARAÍBA: Inserção no mercado de trabalho é facilitada com cursos técnicos

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De acordo com uma pesquisa realizada pela PUC-Rio, entre dois indivíduos com a mesma escolaridade, aquele que optou pela educação profissional terá 21,7% a mais de renda na região Nordeste.

Além da possibilidade de um salário melhor, os cursos técnicos profissionais são responsáveis por abrir para oportunidades de emprego. Cerca de 80% dos estudantes que concluíram cursos técnicos no ano passado foram inseridos no mercado de trabalho já no primeiro ano.

O Gerente Executivo de Estudos e Prospectiva da CNI, Márcio Guerra, considera que os cursos profissionais são uma excelente opção de qualificação.

“A educação profissional tem um papel fundamental, sobretudo, não só para os jovens, mas para todo aquele cidadão que quer ingressar no mercado de trabalho. Ela pode ser considerada um caminho mais curto. Porque um caminho mais curto e um caminho, vamos dizer, mais democrático? Todo mundo pode acessar. Você tem uma variedade de cursos. Você tem cursos de qualificação aonde o requisito de escolaridade é menor, não existe nenhum impedimento de faixa etária. Você tem cursos técnicos e cursos que fazem com que a chance de ingressar no mercado de trabalho acabe aumentando. Então a educação profissional, ela forma com um olhar muito do mercado de trabalho. O que não quer dizer que o indivíduo ao ingressar na educação profissional e ele consiga um emprego, vai parar por ali. Então é o início de um processo, é um caminho para ingressar no mercado de trabalho, conseguir um emprego”, afirma.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) 2017, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 25,9% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos estavam desempregados na Paraíba. O número é 135% superior ao índice de desemprego total do estado, que é de 11%.

Na opinião da professora do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), Débora Baren, os cursos técnicos são fundamentais para unir teoria e prática. Segundo ela, essa metodologia seria capaz de modificar a realidade do país. “As soluções dos problemas hoje não são mais simples. Preciso de um administrador com habilitação em administração hospitalar conversando com engenheiro e área de TI para desenvolver algo que realmente vai mudar a vida das pessoas. Multidisciplinaridade. E o curso técnico ajuda o indivíduo a entender que não pode ficar só na teoria. Vai aprender fazer, pegar numa máquina, construir, construir habilidade técnica. Aí, consegue realmente mudar o país. E são investimentos a curto prazo. Em cinco, dez anos, você muda a realidade do país”, defende a professora.

Segundo pesquisa publicada pela Fundação Dom Cabral, em 2016, 40% das empresas que se deparam com problemas na hora da contratação apresentam dificuldades para encontrar profissionais qualificados de nível técnico.

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