Deputado federal Frei Anastácio realiza reunião no Sertão para discutir a Reforma da Previdência
O deputado federal Frei Anastácio (PT), estará domingo (24), às 8h, no Salão Nossa Senhora de Lourdes em Uiraúna para discutir a Reforma da Previdência que traz grandes prejuízos para a classe trabalhadora e a Medida Provisória 871. O evento será direcionado aos sindicatos rurais e urbanos,partidos políticos, associações rurais e urbanas, movimentos sociais, pastorais e igrejas.
Estarão presentes ao evento o padre da Paróquia Jesus, Maria e José, Domingos Cleides Claudino; a ex-vereadora pelo Partido dos Trabalhadores e ex-candidato a prefeita de Poço Dantas, professora Maria Eva de Sousa Lira; o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Bernardino Batista (SINSERMUBB), professor/sindicalistaHiltom Paulo Araújo Almeida;presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uiraúna, professor/sindicalista Edilson Anacleto David;a integrante da diretoria do SINSERMUBB professora/cordelista Anastácia Maria Andrade Sousa; vereador do Partido dos Trabalhadores de Joca Claudino, Flávio Batista Duarte e a sociedade civil organizada.
Jair Bolsonaro (PSL) vai sacrificar os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros com sua Reforma daPrevidência. Desde que o projeto foi apresentado, ficou claro que Bolsonaro quer manter os privilégios de alguns setores, como os militares, em detrimento dos brasileiros mais pobres.
BPC menor
O governo de extrema-direita Bolsonaro quer reduzir o valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago aos idosos e pessoas com deficiência que vivem em situação de extrema pobreza de um salário mínimo (R$ 998,00) para apenas R$ 400,00. Apenas a partir dos 70 anos os idosose em condição de miserabilidade terão direito a um salário mínimo integral. Para ter acesso ao benefício parcial (R$ 400,00), a idade mínima exigida pelo governo de Bolsonaro é de 60 anos. Atualmente, para ter acesso ao benefício integral – R$ 998,00 -, é necessário que o idoso tenha 65 anos.
Bolsonaro: o carrasco das viúvas e órfãos
Bolsonaro deseja tirar vantagem financeira até mesmo das viúvas e órfãos. A proposta de Reforma da Previdência prevê a redução em até 40% o valor das pensões por morte. Tempo mínimo de contribuição: 20 anos.Para todo mundo: 60% iniciais + 10% por dependente adicional, podendo ser inferior ao salário mínimo
Reforma da Previdência é uma tragédia para o campo
Quanto aos trabalhadores rurais, a Reforma da Previdência demanda uma contribuição anual mínima de R$ 600,00 por família durante 20 anos, ao invés de apenas comprovar o trabalho no campo por 15 anos, como é agora. Não basta provar que é agricultor familiar, pescador artesanal ou extrativista. O segurado tem que fazer efetiva prova de contribuições, mesmo que safra tenha sido perdida por seca ou geada.
Para o senador Jean Paul Prates (PT-RN), é fundamental a adesão dos prefeitos na luta contra a proposta. No Rio Grande do Norte, de acordo com o senador, 40% dos municípios recebem mais recursos oriundos da aposentadoria rural, do que o próprio Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “As cidades, senhores prefeitos, estão ameaçadas de perderem receitas e capital que circulam com a aposentaria rural”, ressaltou.
O deputado federal Frei Anastácio (PT) se solidarizou, com a classe trabalhadora feminina brasileira pelo ataque promovido pelo Governo Federal na proposta de reforma da Previdência, que eleva a idade de aposentadoria para 62 anos. “Isso representa um aumento de sete anos para as mulheres e apenas três para os homens”, disse o deputado.
Mobilização popular
O deputado Frei Anastácio disse que a população brasileira tem que se mobilizar, ir às ruas e ao Congresso Nacional pressionar os parlamentares para evitar que a reforma, como está seja aprovada. “Essa proposta de reforma representa o fim da aposentadoria pública, um massacre ao trabalhador urbano, ao homem e a mulher do campo. Da forma como está eu não aprovo nem uma letra do que está escrito”, disse o parlamentar.
Abdias Duque de Abrantes
Jornalista MTB-PB Nº 604