O pai de Gabriel Diniz, Cizinato Lacerda Diniz, conversou com a imprensa antes da missa de 7º dia e confirmou que a banda do cantor foi desfeita. A missa de sétimo dia da morte do cantor Gabriel Diniz, que morava na Paraíba, teve início por volta das 14h15 deste domingo (2) na Igreja Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa. A cerimônia contou com a presença da família, amigos e fãs do cantor.
O velório e enterro de Gabriel Diniz aconteceram no dia 28 de maio também em João Pessoa. Após ser velado no ginásio de esportes “Ronaldão”, o corpo de Gabriel Diniz, considerado cidadão paraibano, foi enterrado no cemitério Parque das Acácias, no bairro José Américo. O cantor de 28 anos morreu no dia 27 de maio após a queda do avião de pequeno porte no estado de Sergipe.
Ele contou que uma reunião já foi feita com os músicos e que o aviso prévio a todos que faziam parte do grupo foi entregue, mas não descartou retomar caso haja algum projeto no futuro. Em Sergipe, a poucos metros de onde aconteceu o acidente, acontece também neste domingo (2) a missa de 7º dia do piloto e copiloto.
“Eu acho que nesses 30 dias vamos tomar algumas atitudes burocráticas, já estou tomando. A banda, que são as pessoas mais interessadas, que são os músicos, eu já entreguei o aviso prévio de todos. Fizemos uma reunião, porque tínhamos que fazer, não temos interesse em manter a banda em andamento”, explicou.
Cizinato Lacerda Diniz comentou também o momento de dor e luto da família, confessando que ninguém assimilou ainda a perda. Ele explicou que, o fato de Gabriel Diniz passar muitos dias fora de casa fazendo shows, dificulta esse processo de entendimento da perda.
“A gente tem aquele sentimento de ele está fazendo show, de que ele está viajando. O que frustra um pouco a gente é que vai assistir uma programação de homenagens que estão sendo feitas para ele e ter a certeza que ele não volta mais”, lamentou.
O pai de Gabriel Diniz afirmou ainda que a missa encerra “a entrega do Gabriel, porque estou entregando ele a Deus, de todo o meu coração, porque eu sei que ele já está em um lugar bacana, um lugar legal”.
Músicas inéditas
Ainda de acordo com o pai do cantor, Gabriel Diniz tinha gravado três músicas em casa. Cizinato Diniz não soube dizer se já estão concluídas ou se precisavam ser finalizadas ainda. Ele contou que conversou com um dos representantes da gravadora e que ele havia garantido que sairia material inédito mesmo após a morte do cantor de Mato Grosso do Sul, mas que era considerado cidadão paraibano.
“Ele deixou três músicas gravadas em casa, mas não sei se eles chegaram a fechar, se chegaram a gravar. Existiam alguns EPs, têm uns projetos, uns clipes, a gente ia lançar antes. Só que algumas vezes, no meio musical, a gente tem uma música que se destaca e recolhe aquela, porque se for jogar é uma bala perdida”, explicou.
Ainda segundo Cizinato Diniz, o representante contou que a gravadora têm muito material dele e que vai colocar no ar muita coisa de Gabriel, conforme itens citados em contrato firmado entre o cantor e seus representantes.
Retomada do projeto
Mesmo após se reunir com os músicos da banda de Gabriel Diniz e acertar o encerramento das atividades, Cizinato Diniz não descartou, após um tempo não determinado, investir em projeto musicais parecidos com o que era tocado pelo seu filho. O pai do cantor condicionou o investimento à participação do empresário de Gabriel Diniz.
“Eu só levanto algum projeto se houver interesse, se tiver Daniel, que foi o primeiro cara que deu a mão a Gabriel. Se tiver Daniel ao meu lado e se ele tiver interesse. Se ele não tiver interesse, nem tenho como fazer nenhum projeto que remeta a isso. Eu confesso que eu fiquei envolvido pela música, com o sentimento que Gabriel tinha. Ele agitou tanto, que fiquei apaixonado”, revelou.
G1 PB