O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está articulando com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) a organização da rede de atendimento a vítimas de acidente cerebral vascular (AVC) na Paraíba. A cada dia, duas pessoas morrem por esse mal, na Paraíba (média dos anos de 2014 a 2018, – SIM-SES). O Estado avançou com a construção do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, que está se colocando como uma unidade de referência, mas ainda há problemas na organização do fluxo e do atendimento, principalmente, nas cidades do interior.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Saúde, o promotor Raniere da Silva Dantas, se reuniu, na última quarta-feira, com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Antonio de Medeiros; o assessor juridico da SES, Rodrigo silveira Rabello de Azevedo; diretor-técnico do Hospital Metropolitano, Antônio Cavalcante Pedrosa Sobrinho, e coordenador de Neurocirurgia da unidade, George de Albuquerque Cavalcanti Mendes.
“A reunião foi pra discutir a questão do atendimento aos casos de AVC na Paraíba, uma queixa antiga. Com o Hospital Metropolitano, houve um avanço nesse sentido, principalmente, nos casos de intervenção cirúrgica. Discutimos a necessidade de se fazer uma campanha educativa para que a população saiba reconhecer os sinais de AVC e o serviço que deve procurar e a capacitação dos profissionais que fazem o primeiro atendimento, a medicação e o encaminhamento do paciente. Vamos mobilizar as secretarias de Saúde de João Pessoa e Campina Grande, inicialmente, para a participação do Samu e, também, garantir que a medicação esteja disponíveis em outras cidades como Patos, Sousa, Cajazeiras e Monteiro”, explicou o promotor.
Os representantes dos órgãos de saúde se comprometeram com o planejamento das atividades discutidas e a expectativa do MPPB, que acompanhará todo o processo, é que sejam executadas o mais rápido possível.
Encaminhamentos
1. Disponibilidade da trombólise química (trombolítico) em cidades-polos da Paraíba;
2. Campanha educativa sobre sintomas do AVC e o que fazer diante deles;
3. Capacitação dos médicos nas cidades do Estado onde será disponibilizada a medicação;
4. Capacitação do Samu de João Pessoa e Campina Grande;
5. Disponibilidade dos trombolíticos nas unidades de pronto atendimento (UPAs);
6. Indicação de unidade referenciada para a realização de tomografias.
Mortes por AVC na PB
2014 – 907
2015 – 870
2016 – 970
2017 – 820
2018 – 771
Fonte/dados: Sistema de Informação sobre Mortalidade SIM/SES-PB